sábado, 2 de abril de 2011

Em defesa de um sistema energético, alternativo e plural em Sintra.


A sustentabilidade ambiental e energética do sistema económico vigente, caracterizado pela economia de mercado liberal à escala global e pelo sistema monetário, está cada vez mais a colocar em causa o nível de vida social e de sustento, a que estamos habituados…

É sabido que este nível de vida, necessita de quantidades de energia crescentes, renováveis e amigas do ambiente. Ora as formas de obter energia, segundo o sistema actual, estão dependentes do petróleo; carvão e gás natural, na ordem dos 90% em termos gerais. Estas energias não-renováveis, não são repostas pela Natureza e além de serem finitas, também são poluentes. Mas os interesses económico-financeiros são de tal ordem influentes, que impedem que nos libertemos destas formas de produção energéticas, que são a prazo, insustentáveis.



É por essas e por outras razões, que a economia, qualquer que ela seja, deve estar submetida ao poder político. Da mesma forma, que as pessoas não caminham com os pés ao alto e a cabeça para baixo é ao Estado que cabe ordenar a Economia e não a economia a orientar o Estado através da influência financeira e dos negócios entre os membros de cargos públicos, como acontece ao nível do Estado e dos municípios de hoje em dia!

Assim sendo, como divisão administrativa do Estado. Os Municípios podem e devem fazer um esforço no sentido de alterar esta dependência nefasta do exclusivo interesse financeiro, transformando-o no exclusivo interesse público local. Como? Investindo em Energias Alternativas, renováveis e não-poluentes, como forma de promover a sustentabilidade da economia, do ambiente e da sociedade.



Cabe à Câmara Municipal de Sintra, desenvolver na medida do possível, uma investigação aplicada às novas energias, através de protocolos de colaboração com faculdades e institutos superiores; dando possibilidades reais à construção de um novo sistema energético para o futuro.

Nesse mesmo sentido,a Agência Municipal de Energia de Sintra,AMES, tem como função e finalidade o seguinte:

A Agência Municipal de Energia de Sintra, AMES, é uma Associação sem fins lucrativos, criada com o apoio da União Europeia e da Câmara Municipal de Sintra em 1997. O seu objecto social é o de fornecer um serviço público à população, agentes económicos e instituições do Concelho de Sintra e especialmente, dar apoio à Câmara na definição de uma política energética para o Concelho. Reconhecendo que os meios urbanos são centros de grande intensidade energética, o objectivo da sua criação e o seu apoio financeiro pela Comissão Europeia e autarquia local foi a de possibilitar a existência de um "instrumento para a gestão da energia que integrasse as restantes componentes da política local de forma a contribuir para a prossecução dos objectivos globais do ambiente".

Contribuir para a utilização racional de energia, a conservação de energia, a gestão ambiental e o melhor aproveitamento dos recursos energéticos nos sistemas de produção, transporte, distribuição e consumos.

» Auscultar necessidades locais e regionais, privilegiando o contacto directo e a animação de projectos energéticos;

» Elaborar estudos de viabilidade técnica económica;

» Apoiar e elaborar projectos de candidatura no âmbito do POE, Programa Operacional da Economia e do MAPE, Medida de Apoio ao Aproveitamento do Potencial Energético e Racionalização de Consumos.

» Organizar e difundir informação de interesse para as populações no domínio da sua actividade;

» Participar na formalização da política de transportes e a regulamentação da construção e remodelação de edifícios na perspectiva do comportamento térmico acústico;

» Promover a gestão e valorização de resíduos, apoiando as medidas eficientes de reciclagem e reutilização;

» Divulgar informação sobre legislação, regulamentos e normas, aproveitamento de recursos naturais projectos de sucesso já implementados.

Além destas finalidades que na prática, pouco têm valido, como é sabido e sentido pelos Sintrenses é importante acrescentar, a constituição de um Sistema Alternativo de Energias Plurais e Renováveis, tais como: energia dos ventos; das marés; dos oceanos; da biomassa; do sol; geotérmica, osmose, magnética etc. a instalar nas residências domésticas; empresas; edifícios públicos, bem como, geradores solares, tendo como objectivo, permitir a autonomia energética local e o seu acesso geral aos negócios e famílias naturais de Sintra de forma mais acessível.


Estas energias alternativas, seriam implementadas em cooperação com a empresa EDP, Energias De Portugal SA, nomeadamente com a sua empresa EDP Renováveis; juntamente com a colaboração de faculdades e escolas superiores de Engenharias; Física; Química; Biotecnologia; etc. num Programa de Investigação em Energias Alternativas, através da Agência Municipal de Energia de Sintra, com a iniciativa de um executivo Nacionalista da Câmara Municipal.

Além do exposto, é também necessário, um Programa Municipal de Eficiência Energética, que seja efectivo e aplicado de forma integral no nosso município, mas que os encargos das alterações desse programa, sejam amortizados nas taxas municipais cobradas pela Câmara e que além disso, haja comparticipações na alteração de equipamentos na ordem de 60% assumidos pela Câmara e os restantes 40% pagos pelos munícipes, com prazos alargados e sem juros, não só, devido à crise financeira e de confiança actual, mas para possibilitar o cumprimento real e não teórico da tão falada eficiência energética, mas não aplicada na sua totalidade.


Dando continuidade a esta política energética, ambiental e nacionalista, Sintra poderia a médio/longo prazo, instalar uma Central Geotérmica; uma Central de Concentradores/Reflectores Solares com painéis ultra-sensíveis ou uma Plataforma de Energia Oceânica, para produção de electricidade, baseada nas ondas e dinâmica do Oceano Atlântico, como maneira de completar o sistema eléctrico nacional e reforça-lo para as crescentes necessidades energéticas. Este projecto tornaria possível uma auto-suficiência energética e colocaria Sintra, no caminho do desenvolvimento económico e social, sustentado e nunca antes visto!



É claro que, para as mentes da grande maioria da classe política actual, estas propostas são completamente utópicas e irrealizáveis, porque além de terminarem com os interesses instalados, que são o contrário do Superior Interesse Público que é o interesse de todos, não têm a cultura ética de Servir, porque estão acostumados a servirem-se e a fazerem promessas, essas sim, completamente inconcretizáveis, porque são falsas e muitas delas erradas! Destinam-se a ganhar os votos da população, que teima em continuar a eleger os mesmos, colocando a culpa dos seus próprios actos, nos políticos do costume, em vez de procurem alternativas que resolvam os seus problemas. Sinais dos Tempos…

Entretanto, vão existindo estudos e experiências, que nos abrem as portas de um futuro viável e saudável, como estes exemplos:







"A política energética deverá ser derivada da política ambiental no futuro."
Timothy Wirth


Este empresário, natural de Castelo Branco, fala-nos dos seus projectos, no estrangeiro e em Portugal:



Viva Sintra! Terra Portuguesa!