sábado, 28 de janeiro de 2012

Sobre o Orçamento Municipal de Sintra para 2012,transferências e opções políticas.


Foi decidido pelo governo no enquadramento do Orçamento Geral do Estado para 2012, OGE/2012 face ao deficit das contas públicas e ao Memorando de Entendimento da Troika internacional, que neste ano, apenas 6 dos 308 municípios de Portugal vão receber mais verbas do que no passado ano de 2011, através das transferências do OGE que estabelece que as câmaras municipais vão perder em média 4,7 % do capital que normalmente lhes estavam destinadas…

O mapa de transferências para os 308 municípios estabelece uma verba geral de 2.284.034.410 € quando no ano anterior receberam 2.397.864.673€ ou seja, mais 4,7%. Mirandela; Lagos; Loulé; Nazaré; Sintra e Trofa, são os únicos municípios que escapam aos cortes nas verbas a transferir pela administração central do Estado.

Os que recebem menos de cem milhões de euros no total são: os municípios de Beja (97 milhões), Bragança (90,6 milhões), Castelo Branco (86,6 milhões), Évora (79,6 milhões), Faro (82,7 milhões), Guarda (94,5 milhões), Leiria (95,1 milhões), Portalegre (72,9 milhões), Viana do Castelo (78,8 milhões) e Vila Real (94 milhões).


Sintra recebe mais 1,2 milhões (um aumento de 3,7%), Loulé recebe mais 416,3 mil (+4,5%), Lagos mais 157,8 mil euros (+4,3%), Nazaré mais 57,6 mil (+2,1%), Trofa mais 59 mil euros (+0,89%) e Mirandela mais 39 mil euros (+0,38%). Todos os outros municípios perdem verbas.

Do total dos 2,2 mil milhões de euros, os municípios recebem 1,7 mil milhões são relativos ao Fundo de Equilíbrio Financeiro, FEF, 140,5 milhões do Fundo Social Municipal, FSM, e 391,4 milhões das transferências de comparticipações do Imposto sobre o Rendimento Singular, IRS, a que têm direito.

Os municípios de Portugal Continental vão receber o total de 2,1 mil milhões, quando no ano passado as transferências representaram um total de 2,2 mil milhões de euros. Para as Regiões Autónomas insulares, o Estado vai ainda transferir 92,1 milhões (-4,5%) para os municípios do arquipélago dos Açores e 63 milhões (-4,9%) para os municípios do arquipélago da Madeira.



Portanto como se demonstra, Sintra é um dos 6 municípios que sai beneficiado em relação às transferências do Orçamento Geral do Estado e em relação à crise financeira e da dívida pública, visto que recebe mais 3,7% este ano que corresponde a mais 1,2 milhões de euros. No passado dia 22 de Dezembro de 2011 foi aprovado o Orçamento Municipal de Sintra para o corrente ano de 2012 e ficou decidido que apesar de uma diminuição de cerca de 20 milhões, as Juntas de Freguesia e as Corporações de Bombeiros sintrenses, vão manter as verbas que lhes estavam atribuídas no ano passado. A dotação orçamental total do OMS, Orçamento Municipal de Sintra, ascende a 187 milhões de euros.

Felizmente, Sintra ao contrário da grande maioria dos municípios em Portugal tem rendimentos próprios na ordem de 64% (mais de 121 milhões). Ou seja, mais de metade do capital tem origem nos contribuintes residentes em Sintra e a sua maior receita vem do IMI, Imposto Municipal sobre Imóveis, em cerca de 50 milhões de euros. Por sua vez, o Estado atribui-nos 31% decorrentes do OGE.

 
 
Segundo o Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal, Dr. Fernando Seara, este orçamento privilegia o apoio à Educação com aumento de encargos com o pessoal; refeições escolares (7 milhões anuais); material escolar e Acção Social. Ainda assim, foram aprovados a contratação de 2 novos empréstimos ao banco espanhol, BST, Banco Santander Totta em 33 milhões de euros: 25 milhões para a construção de novas escolas e 8 milhões para reforço da Tesouraria municipal, mas com margem de lucro para o banco espanhol de 6% a três anos. Diz o Sr. Presidente: “Hoje o longo prazo é três meses, porque tudo depende da dívida italiana; das opções espanholas (…)”

Ou seja, as decisões políticas em Portugal não têm responsáveis em quase nada! A adesão de Portugal à então CEE, Comunidade Económica Europeia, que já não existe porque se transformou na UE, União Europeia e a adesão à UEM, União Económica e Monetária (a moeda única, que está a provocar um decrescimento das economias em todos os países da Zona Euro e que têm um dívida pública excessiva, inclusive a Alemanha e a França). Não é culpa das más políticas praticadas pelos governos PS e PSD! Não! É culpa dos outros…


 
Parece-me contraproducente pedir 25 milhões emprestados para construir novas escolas. Não que seja dinheiro mal gasto, mas onde existem várias escolas e habitações a precisar de obras de reabilitação, já para não falar no juro de 6% aos espanhóis. Seria bem mais útil nesta conjuntura actual, uma linha de crédito a juro baixo para fomento de micro-empresas e emprego em áreas de negócio escassas ou com pouca concorrência em Sintra, como por exemplo nos sectores da indústria e agricultura e um reforço financeiro da Acção Social, visto que se prevê um aumento da pobreza…

Por outro lado é necessário uma revisão objectiva do PDM, Plano Director Municipal, nas vertentes ambiental e de urbanização; a criação de espaços preestabelecidos para a incubação de empresas e cursos de formação profissional aos desempregados de longa duração de 6 a 12 meses e o desenvolvimento das Hortas Comunitárias e das Ajudadas de Permacultura (pequenas cooperativas agrícolas).


 
Há contudo uma boa medida para os pequenos empresários de Sintra: todas as empresas que em 2012 não obtenham um volume de negócios igual ou inferior a 150.000 euros estão isentas da Derrama. Esta política já mereceu o aplauso da AECS, Associação Empresarial do Concelho de Sintra. É evidente que é bastante oportuna e útil esta opção, mas estudemos a política do município das Caldas da Rainha para 2012:

A Câmara Municipal das Caldas da Rainha aprovou no dia 27 de Outubro de 2011, em reunião de Câmara, a redução das taxas de IMI, IRS e Derrama para 2012, bem como o reforço de apoios sociais. Este alívio da carga fiscal dos contribuintes caldenses, significará uma redução de receita em cerca 2.650.000 euros no município, reforçando ainda mais a política de redução de impostos e taxas municipais já praticada ao longo dos últimos anos no concelho.

A razoável situação financeira da Câmara, com um dos menores índices de endividamento a nível nacional, (30% abaixo do limite máximo de endividamento), o que permite a adopção destas medidas numa altura tão difícil e de grande sobrecarga fiscal a nível nacional, aprovou o seguinte, contra a vontade das esquerdas socialista/comunista, o que se segue:

a) O Executivo caldense fixou em 0,55 o valor de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) para os imóveis não reavaliados, que significa uma redução de 22% em relação ao limite máximo de 0.7; no caso dos edifícios novos ou de avaliação mais recente o valor regista um decréscimo de 22,5% fixando-se em 0,31. Com esta opção fiscal registar-se-á uma diminuição nas receitas da Câmara de perto de 1 milhão e 600 mil euros.

b) No caso da derrama o valor foi fixado em 1%, o que corresponde a uma redução de 33% em relação ao tecto máximo.

c) Por sua vez, o IRS (Imposto sobre o Rendimento Singular) tem uma redução de 2,5 pontos percentuais. Com isto a receita da Câmara baixa quase 800 mil euros.

d) A Câmara das Caldas da Rainha deliberou ainda reforçar para o ano de 2012, os apoios e subsídios às Instituições de Solidariedade Social, IPSS, do concelho, que apresentem projectos específicos, até agora inexistentes, de apoio a carenciados.

e) As 25 Bolsas de Estudo para o Ensino Superior, atribuídas a alunos carenciados do concelho, no valor de 700 euros, sobem para 35.

f) Esta diminuição de impostos traduz-se numa redução de cerca de 200 euros por agregado familiar.

g) O preço da água e saneamento, média de 10 m cúbicos/mês, custa cerca de 111 por ano, valor muito abaixo da média nacional.

h) No Município das Caldas da Rainha não se paga a recolha de lixo e os transportes urbanos, bem como os parques de estacionamento têm preços muito baixo da média nacional.

i) O Município tem a segura convicção que um agregado familiar paga menos cerca de 500 euros/ano do que pagaria se fossem praticados os valores das taxas e impostos correntes.

j) O Município  tem consciência que ao deixar de receber estas verbas deixará de poder fazer outras obras e actividades de natureza diversa, e terá de implementar redução de consumos menos prioritários. Porém, num momento de crise e de grandes dificuldades financeiras para as empresas e famílias, dá preferência à redução da carga fiscal dos munícipes.

l) Actualmente verifica-se uma redução superior a 30 % no preço das habitações, a que acresce esta redução de impostos e taxas municipais, o que constitui um bom motivo para adquirir casa nas Caldas da Rainha.





Fontes:  jornal da região sintra; gazeta das caldas e agência financeira, adaptadas pelo autor deste blogue.

É evidente que esta política tem aspectos muito positivos e negativos no que diz respeito à falta de investimento no desenvolvimento económico. Não há bela sem senão… se Sintra não tiver capacidade de potenciar o desenvolvimento económico com criação de postos de trabalho no município, então a sobrecarga de impostos e taxas para sustentar Empresas Públicas Municipais, não trará benefícios suficientes para honrar os sacrifícios dos Sintrenses.

Por outro lado, não podemos esquecer que temos uma população de estrangeiros residentes em Sintra, ascendendo a mais de 40.000 indivíduos e suas famílias. Muitos deles ilegais e subsídio dependentes que deviam regressar aos seus países de origem. Sobretudo numa época em que já pouco temos para nós próprios, quanto mais para distribuir a pessoas de outras nações...



Estas são as propostas do Nacionalismo Renovador em Sintra, em defesa intransigente pelo apoio à maternidade e solidariedade para com as Famílias Portuguesas; pela produção nacional local; pelo desenvolvimento económico e social sustentável e pela dignificação do trabalho.


 Viva Sintra! Autóctone e Portuguesa!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Não às taxas nos parques de estacionando junto às estações, pelo incentivo aos transportes colectivos.

 

Como é sabido, o recente acordo entre a Refer, Rede Ferroviária Nacional, EPE (Entidade Pública Empresarial ou seja, uma espécie de EP, Empresa Pública) cuja função é a gestão e administração de infra-estruturas ferroviárias do Estado e a EMES, Empresa Municipal de Estacionamento de Sintra, causou uma maior penalização na utilização do transporte colectivo, através da introdução do pagamento de taxas de utilização de um estacionamento público, como é o caso do Parque de Mira-Sintra/ Meleças, que era gratuito até Janeiro de 2012. Neste parque não existe mais nenhum interface para transportes públicos. Como se vê o caso não constituiu qualquer entrave para a colocação de taxas de utilização.

Dizem que esta transferência de gestão é positiva, porque permitirá à autarquia uma maior intervenção na gestão do trânsito e do parqueamento em zonas de muita procura. Pois é, mas não é a Autarquia que irá fazer a gestão como devia, mas sim, a EMES que parece pôr o lucro à frente destas vantagens. Claro que não é de espantar. Afinal a empresa EMES existe precisamente para isso: ter rendimento com a sua actividade. 


Mas acontece que a EMES não devia existir, assim como a maioria das Empresas Municipais, criadas para empregar indivíduos filiados nos partidos do costume, ou melhor dos maus costumes! Porque retiram funções que dizem respeito à própria Autarquia e carregam mais ainda a população com mais taxas, para serem rentáveis e pagarem salários aos seus funcionários…

A introdução das novas taxas vem agravar as condições de vida de uma população já de si própria sobrecarregada com as políticas de austeridade impostas pela Troika internacional, aceites pelos partidos que normalmente ascendem ao governo (vá-se lá saber por quê) e que foram causadas por uma administração danosa e uma bancarrota da autoria do des/governo socialista anterior, como sabemos. No caso dos utentes da Linha de Sintra da companhia, Caminhos de Ferro de Portugal, vulgo CP, vão ser penalizados com a taxação dos parques, secundada pelo aumento recente dos títulos de transporte, assim como, a redução da oferta de comboios. Mais, o governo acaba de anunciar novo aumento na rede de transportes públicos em + 5%, devido ao alto prejuízo dessas empresas públicas de transportes, cujas causas são várias desde a má administração/gestão, até à própria organização jurídica da empresa e do sistema económico...

  
Em vez de se promover a utilização do transporte colectivo, para diminuir as actuais importações de combustíveis e a desabituação do uso sistemático do transporte individual, ainda que com sacrifício dos seus entusiastas, (nos quais eu me incluo) já para não falar nas responsabilidades acrescidas para a Câmara Municipal com a recente Declaração de Sintra sobre questões ambientais da Organização das Cidades Património Mundial, OCPM, faz-se exactamente o contrário! Todas as taxas cobradas em parques de estacionamento de outras estações do nosso município construídos com dinheiro público, mostra a experiência, sempre foram um entrave a uma utilização maior destes espaços, por parte dos utentes dos transportes colectivos, quando o que se pretende é a sua utilização por parte das pessoas que deles necessitam e não o gasto de verbas, que depois não são aproveitadas por ninguém, a não ser pelo empreiteiro que fez a obra ou por alguma empresa municipal, mas sem o usufruto da população e a salvaguarda do ambiente.
  

Num comunicado a Autarquia informa que num período de 24 horas os utentes têm que pagar 1,50€, que são cerca de 300$00 na moeda antiga. Nos vários parques que existem: Queluz/Belas; Monte Abraão; Rio de Mouro; Tapada das Mercês; Portela de Sintra e Mira-Sintra/Meleças, pode-se estabelecer uma avença de 20€ por 24 horas. Nos parques de Queluz/Belas e Portela de Sintra no período das 7:00 às 22:00 oferece-se uma avença de 18€ e em Monte Abraão, pelo mesmo período custa 15€ ao mês.

Como se vê, embora tenha havido algumas reduções nalguns parques, torna-se demasiado dispendioso para a maioria dos utentes a utilização de transportes colectivos, com as taxas anunciadas! O que já motivou vários protestos de pessoas que deixavam os seus automóveis nesses parques e apanhavam o comboio para Lisboa…


Torna-se imperativo, a redução de taxas nos parques e avenças ou a sua isenção aos portadores de títulos de transporte colectivo, de maneira a não desincentivar a utilização dos transportes públicos e não agravar o custo de vida em geral. Além disso, os parques de estacionamento junto das estações, deviam ser gratuitos e não taxados como acontece, para promover uma maior utilização do transporte colectivo. 

Por outro lado, a construção de silos de estacionamento automóvel e parques subterrâneos nas áreas mais urbanizadas e nos projectos de construção ou reconstrução das habitações também se impõe, para libertar espaço e facilitar a circulação, além de aumentar os parques de estacionamento nos terminais das estações, embora a crise actual crie dificuldades, devem ser gratuitos sempre que possível. No máximo com taxas simbólicas. Além disso não é aceitável.


Assim sendo, importa clarificar que é necessário senão urgente, aplicar esta política que o Nacionalismo renovador do século XXI propõe, com o objectivo de servir a Pátria em geral e a população sintrense em particular.

Viva Sintra! Caminhando em direcção ao futuro!

sábado, 14 de janeiro de 2012

A crise no transporte de doentes. Consequências e soluções.

 
No passado dia 3 de Janeiro de 2012, as corporações de bombeiros de Sintra e Amadora recusaram centenas de serviços de transporte de doentes não urgentes solicitados pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, ARSLVT, dando inicio à suspensão deste serviço. Agualva-Cacém rejeitou 64 pedidos; São Pedro 31 pedidos; Algueirão-Mem Martins 58, totalizando 153 serviços de transporte de doentes comuns não efectuado. No concelho da Amadora, foram recusados 70.

Em Dezembro de 2011, as direcções das 9 corporações de Sintra e Amadora deliberaram por unanimidade, suspender este serviço até que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo "altere procedimentos" de pagamentos do novo Sistema de Gestão de Transportes de Doentes, que gera prejuízos na ordem dos 70% na facturação e cujos preços actuais, que decorrem da nova lei, são incomportáveis, face aos encargos assumidos em viaturas e pessoal, pelas corporações de bombeiros, que investiram contando com um rendimento que já não tem condições de ser obtido nos moldes actuais...


Entretanto houve um acordo provisório, que segundo António Carvalho, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa: 

"O consenso só é válido até que sejam conhecidas as conclusões do grupo de trabalho nomeado pelo Ministério da Saúde, no máximo 60 dias. A Administração Regional de Saúde, aceitou retomar os valores anteriores a 1 de Novembro de 2011, data em que entrou em vigor a nova plataforma de doentes."

No mesmo sentido, o presidente da direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Agualva e Cacém:  

"Desde Setembro, que a Administração Regional de Saúde, alterou regras de pagamento do serviço de transporte de doentes não urgentes, não contemplando o regresso do doente transportado às unidades hospitalares e alterando o preço por quilómetro".

"Nesta altura, a taxa de saída das ambulâncias com um utente é de 7,5 €. Os restantes utentes pagam 1,5 €. Como a Administração Regional da Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, não paga o retorno (regresso), acabamos por estar a transportar pessoas a 0,75 €. Isto não dá nem para o combustível", sublinhou, argumentando, de seguida: "Cada tripulação de dois homens custa, no mínimo, 10 € à hora".


O recente acordo provisório veio repor alguma justiça no pagamento dos serviços de transporte de doentes e atenua os prejuízos, que por mês ascendem a 6.000 € por cada corporação de bombeiros.

Fontes: lusa; correio da manhã; rádio renascença – cidade viva e associação humanitária de bombeiros voluntários de Agualva e Cacém, com adaptação pelo autor do blogue.

Por outro lado, a concorrência existente entre os Bombeiros e o INEM, Instituto Nacional de Emergência Médica, tutelado pelo Ministério da Saúde, no transporte de doentes não devia existir. Deve-se definir de uma vez por todas, qual das duas organizações, fará o transporte de doentes e em que circunstâncias: os bombeiros ou o INEM. Caso contrário haverá sempre desentendimentos entre as duas instituições com prejuízo dos próprios intervenientes e dos utentes e é ao governo deste país que cabe a sua clarificação; definição de atribuições e financiamento correspondente. Portanto, esta crise podia ter sido evitada se cada um soubesse quais são os seus deveres...


Acresce dizer que a doença de insuficiência renal está a aumentar em todo o mundo, com especial incidência em Portugal, com cerca de 500 novos doentes por ano! Esta doença é provocada por consequência de outros desequilíbrios de saúde, como a diabetes (forma perturbada com que o organismo gere o açúcar no sangue, a glicose); a hipertensão arterial (tensão excessiva do sangue que circula nas artérias, veias) e a glomerulonefrites (inflamação na unidade funcional do rim onde ocorre a filtragem do sangue e se forma a urina).

Ora bem, as soluções podem ser várias. Em primeiro lugar caberia ao Ministério da Saúde, que mais parece ser da Doença, uma vez que está cheio de dívidas e é altamente deficitário, porque tem gasto de forma perdulária nalguns casos há vários anos, transformar-se e aplicar uma política nacional de saúde pública, preventiva e depois curativa, para evitar o alastramento da doença em geral e nomeadamente, a insuficiência renal em particular, com legislação; método e fiscalização adequada, com medidas de saúde que evitem o desenvolvimento da insuficiência renal, entre outras…

 

Em relação às corporações de bombeiros, poder-se-ia acordar com a administração central, através da Câmara Municipal de Sintra, o fornecimento de combustível a baixo custo, exclusivo ao transporte de doentes, urgente e comum, para reduzir a despesa. Além disso, as viaturas deveriam ser transformadas com motores eléctricos; GPL ou hidrogénio, para não estarem sujeitas ao gasóleo/gasolina, ficando muito mais económicas.

Por outro lado, a Câmara Municipal juntamente com as Corporações de Bombeiros Voluntários, também poderiam fundar uma Cooperativa de Transporte Colectivo, escolar e de doentes, uma vez que se trata de um serviço imprescindível, transferindo as viaturas e pessoal dos bombeiros para uma instituição/organização sem fins lucrativos, mas com fins de utilidade pública, possibilitando o transporte a doentes e a alunos, com fracos meios de subsistência, às clínicas e às escolas…

Uma coisa é certa: os doentes e os alunos carenciados, não podem ficar sem transporte, por causa da crise financeira e por causa do sistema económico em que vivemos. É preciso por isso, resolver o problema o quanto antes. 

Como não podia deixar de ser, os Nacionalistas que são defensores naturais dos legítimos interesses da nossa população, estão atentos e aguardam pelas soluções das autoridades em relação a este assunto, esperando que um dia mais tarde a população deste município lhes dê a confiança que merecem.
 

Viva Sintra! Terra Portuguesa!

sábado, 7 de janeiro de 2012

Breve síntese histórico-religiosa do Ano Novo.

 
O Ano Novo é um evento que acontece quando uma cultura celebra o fim de um ano e o começo do próximo. Todas as culturas que têm calendários anuais celebram o "Ano-Novo". A celebração do evento é também chamada Réveillon, termo oriundo do verbo francês réveiller, que em português significa "despertar". Portanto muito mais correcto, seria se nós Portugueses usássemos o termo luso de “Véspera” em vez do francês…

Enfim… normalmente costuma-se fazer votos de “um próspero” Ano Novo, querendo dizer, que seja fecundo em riqueza, seja ela em capital ou em outros bens. Mas este ano de 2012 em Portugal, não será de prosperidade em termos materiais, pelo menos para a grande maioria de nós, salvo as devidas excepções, claro e ainda bem que elas existem.

Sendo assim, afigura-se-me mais próprio na época em que vivemos, desejar um Bom Ano Novo com Saúde, Amizade e Conhecimento, porque sem saúde, nada poderá ter sucesso; sem amigos verdadeiros, estaremos mais isolados e sujeitos à ilusão e sem conhecimento, também não poderemos aumentar a riqueza material…

Vejamos então, através de uma pequena síntese, numa perspectiva simultaneamente histórico-cultural e religiosa, como é encarado e celebrado o Ano Novo, através dos tempos, no Paganismo céltico; Judaísmo; Cristianismo e Islamismo, uma vez que têm raízes históricas e culturais em Portugal, abordando também a influência do Budismo na China; o Zoroastrismo no Irão e a Profecia Maia:

 
A Roda do Ano na antiga civilização celta e no Paganismo é o que simboliza a concepção de tempo dos pagãos (do latim paganus, que significa "habitante do campo", "rústico. Na perspectiva cristã, o termo foi historicamente usado para englobar todas as religiões, que aceitam um panteão de deuses, tendo à cabeça um deus principal, masculino ou feminino. O termo "pagão" é uma adaptação cristã de "gentio" do judaísmo. Como tal é uma visão de conotações pejorativas entre o monoteísmo Ocidental normalmente usado para se referir a tradições religiosas politeístas, principalmente à dos Celtas e que era algo diferente da actual e onde as raízes profundas de Portugal, teimam ao longo dos tempos, não deixar morrer, através de várias tradições populares e grupos neo-pagãos, para além do movimento ecológico e ambientalista contemporâneos.

Os Pagãos não viam o tempo de forma linear, mas circular, cíclico. Por isso os seus calendários levavam em conta não só o Ciclo Solar, como é o nosso, mas também o Ciclo Lunar. Originários da Tradição Celta, as celebrações ocorrem 8 vezes ao ano, levando-se em conta a posição da Terra em relação ao Sol: Equinócios e Solstícios.

Nessas ocasiões, na Wicca, são homenageadas duas divindades: a Deusa Mãe, ou simplesmente a "Deusa", que simboliza a própria terra, e o Deus Cornífero, O Gamo Rei, protector dos animais, dos rebanhos e da vida selvagem. Já em outros ramos do Paganismo, outros Deuses são adorados, pois nem todos têm essas duas únicas figuras centrais.
 
A comemoração no Ocidente Cristão, tem origem num decreto do imperador romano Júlio César, que fixou o 1º de Janeiro como o Dia do Ano Novo no ano 46 A.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. O mês de Janeiro, deriva do nome de Jano, que tinha duas faces (bifronte) - uma voltada para frente (visualizando o futuro) e a outra para trás (visualizando o passado)…

 

No Judaísmo, a Rosh Hashaná (em hebraico "cabeça do ano") é o nome dado ao Ano Novo no judaísmo. Dentro da tradição rabínica, o Rosh Hashaná ocorre no primeiro dia do mês de Tishrei, o 1º mês do ano no calendário judaico rabínico, que corresponde ao 7º mês no calendário bíblico. Estamos no Ano Novo Judaico de 5772, que corresponde a 2012. A Torah (cinco primeiros livros do Antigo Testamento) refere-se a este dia como o Dia da Aclamação (Yom Teruá, em Levítico 23:24; Bíblia), pelo que os judeus caraítas seguem esta data mas não a consideram como o princípio do ano. 

Já a literatura rabínica, diz que foi neste dia que Adão e Eva foram criados e neste mesmo dia, incorreram no erro de “comer” da árvore da ciência do bem e do mal. Também teria sido neste dia que Caim teria morto o seu irmão Abel. Por isto considera-se este dia como o Dia do Julgamento (Yom ha-Din) e o Dia da Lembrança (Yom ha-Zikkaron), o início de um período de introspecção e meditação de 10 dias ( Yamim Noraim) que culminará no Yom Kipur, o Dia do Perdão, um período no qual se crê que o Criador julga os homens.


O Ano Novo no Islão é celebrado no dia 7 de Dezembro. O ano novo dos muçulmanos (submissos à vontade de Deus), correspondente ao 1º de Muharram do ano de 1432 da Hijra (Hégira). O calendário islâmico não teve origem a partir do nascimento de uma personalidade ou da data da Revelação da sua mensagem, mas a partir de um evento extremamente importante para os muçulmanos. Esse acontecimento é conhecido historicamente como a Hégira, que foi a migração da Cidade Santa de Meca para Yathrib depois, Medina, em que os muçulmanos liderados pelo Profeta e chefe político-militar, Mohammad, passados 13 anos de perseguições, torturas e assassinatos, praticados pelos idólatras (aqueles que prestam culto a ídolos; imagens) em função da adesão dos seus apoiantes ao Islão, a religião que prega a adoração a um Deus Único, Alá, que não pode ser reproduzido por qualquer imagem.

Em Medina, Mohammad e os seus apoiantes muçulmanos, constituíram pela primeira vez um Estado islâmico, regulado pela shaaria (lei islâmica) onde puseram em prática os ensinamentos do Alcorão. Esse episódio deu-se no dia 16 de Julho de 622 da Era Cristã.

O calendário islâmico é Lunar, ou seja, móvel, diferente do Calendário Gregoriano, que é Solar e fixo, adoptado no mundo actual como padrão. Os seus meses variam de 29 a 30 dias, não estando ligado às estações do ano como o Calendário Solar e a cada ano os seus meses têm início 11 dias mais cedo em relação ao Calendário Gregoriano.

"Perguntar-te-ão sobre os novilúnios. Dize-lhes: Servem para auxiliar o homem no cômputo do tempo e no conhecimento da época da peregrinação." (Alcorão 2:189). Este calendário só foi introduzido oficialmente no ano de 638 d.C. pelo 2º Califa (sucessor do profeta), Omar Ibn Al Khatab…


 
No Irão (Pérsia) o Noruz ( Nowroz, Noe - Rooz, Norooz, Novruz, Noh Ruz, Nav-roze, Navroz ou Náw-Rúz na língua pársi) é uma festa tradicional iraniana que celebra o Ano Novo do Calendário Persa (1º Dia da Primavera). O Noruz é comemorado por algumas comunidades no dia 21 de Março, e por outras, no Dia do Equinócio de Primavera, que pode acontecer a 20, 21 ou 22 de Março…

O Noruz é celebrado há pelo menos 3000 anos e está profundamente enraizado nos rituais e nas tradições do Zoroastrismo, uma religião mais antiga, antes do aparecimento do Islão, apoiada no conceito e divisão entre o Bem e o Mal. Actualmente, o Noruz é celebrado em muitos países que foram parte do antigo Império Persa ou sofreram a sua influência. Fora do Irão, é comemorado no Curdistão (onde é chamada Newroz), no Afeganistão, nas antigas repúblicas soviéticas do Tadjiquistão, Uzbequistão, Azerbaidjão, Casaquistão, Quirguistão e por várias comunidades de origem persa por todo o Médio Orinte.

O Noruz também é comemorado pelos zoroástricos, na Índia. A saudação usual de ano novo é Noruz Mubarak (Feliz Ano Novo). Na Turquia, diz-se Nevruz mübarek olsun (em turco) ou Cejna we pîroz be (em curdo).

 
A influência de Buda na China, é uma referência à data de comemoração do Ano Novo, adoptadas por diversas nações do Oriente que seguem um calendário tradicional distinto do Ocidental, o Calendário Chinês. As diferenças entre os dois calendários, fazem que a data de início de cada Ano Novo chinês, caia a cada ano numa data diferente do calendário Ocidental.

Os chineses relacionam cada novo ano a um dos 12 animais que teriam atendido ao chamado de Buda (iluminado) para uma reunião. Buda em agradecimento os transformou nos signos da Astrologia chinesa. Os 12 animais do Horóscopo chinês, que correspondem aos anos chineses são, de acordo com a ordem que se teriam apresentado a Buda na lenda acima citada: rato, búfalo/boi, tigre, coelho, dragão, cobra, cavalo, cabra, macaco, galo, cão e porco. Desta forma, o ano chinês de 4710 que corresponde a 2012 é o Ano do Dragão.



Por fim, os Maias, uma cultura civilizacional mesoamericana e pré-colombiana, (antes da chegada de Cristóvão Colombo) notável pela sua língua escrita (o único sistema de escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo), pela sua Arte, Arquitectura, Matemática e sistemas Astronómicos. 

Inicialmente estabelecidas durante o período pré-clássico (1000 a.C. a 250 d.C.), muitas cidades maias atingiram o seu mais elevado estado de desenvolvimento durante o período clássico (250 d.C. a 900 d.C.), continuando a desenvolverem-se durante todo o período pós-clássico, até à chegada do massacre espanhol.

No seu auge, era uma das mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do mundo e que tinham o calendário mais preciso, complexo e mais holístico que o nosso, previram vários acontecimentos que entretanto se passaram, como a chegada do homem branco, Hernan Cortez  a 8 de Novembro de 1519. Este calendário Maia prevê que algo de muito grave se passará no Solstício de Inverno, a 21 de Dezembro de 2012. Tão grave será o acontecimento, que o mundo tal como o conhecemos desaparecerá.  

Isto não quer dizer que o mundo acabará, quer simplesmente dizer que um grande acontecimento transformará o nosso mundo conhecido, por um mundo novo.

Ora é conhecido cientificamente, que nesta data durante o Solstício a Terra estará alinhada com o Sol e com o centro da nossa Galáxia, Via Láctea. Sabe-se que no centro da Galáxia existe um buraco negro supermassivo. Baseados no cientista Einstein e em alguma informação astronómica, há quem diga que o alinhamento com este buraco negro supermassivo levará a uma mudança do campo magnético terrestre, que acontece periodicamente. Isto levará a tsunamis, vulcões, terramotos, etc. sentidos mais ou menos por todos os Continentes da Terra.

Fontes: adaptações da wikipedia ; ciência hoje e bibliaonline, pelo autor do blogue.

Pelo sim e pelo não, devemos estar preparados para o que der e vier, seja positivo ou negativo. Sendo assim, deixo algumas palavras de Esperança, retiradas da Bíblia, sobre o fim deste tempo e o início de um Novo Tempo e de uma Nova Era:

36. "Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai. Mateus 24:36

5. Deus chamou à luz dia, e às trevas chamou noite. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o primeiro dia. Génesis 1:5

11. Então disse Deus: "Cubra-se a terra de vegetação: plantas que dêem sementes e árvores cujos frutos produzam sementes de acordo com as suas espécies". E assim foi. Génesis 1:11

24. E disse Deus: "Produza a terra seres vivos de acordo com as suas espécies: rebanhos domésticos, animais selvagens e os demais seres vivos da terra, cada um de acordo com a sua espécie". E assim foi. Génesis 1:24

26. Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão". Génesis 1:26



 

Feliz Ano Novo
para
Todos os Sintrenses!