sábado, 12 de maio de 2012

Há dinheiro; talheres metálicos etc. a circular na prisão da Carregueira!


 

Conforme denuncia o próprio SNCGP, Sindicato Nacional do Corpo de Guardas Prisionais, apesar da lei proibir, existem a circular livremente várias quantias de dinheiro que provoca o aumento do índice de conflitos entre os reclusos e talheres metálicos nos refeitórios, que podem ser facilmente roubados e transformados em armas brancas que ficam na posse dos presidiários, úteis para seguidamente serem letais para colegas e guardas prisionais. Além disso, circula droga encapotada, com a conivência de alguns guardas corruptos e do sistema prisional!

 

Observando o Regulamento Geral dos Estabelecimentos Prisionais, RGEP, que entrou em vigor no mês de Abril de 2011, confirma-se que é esse mesmo regulamento que não está a ser cumprido na íntegra. Lei essa, que junta num único documento legislativo, os regulamentos internos e regras aplicáveis aos vários Estabelecimentos Prisionais. Nessas mesmas regras, está consignado a proibição da livre circulação da droga; dinheiro e talheres de metal. (também já agora, só faltava que se legislasse a legalização do que até qualquer consciência menos avisada, considera errado, mas nos tempos que correm e com a falta de qualidade dos agentes políticos que temos, precisamos de estar preparados para tudo…)

 

 

Segundo o sindicalista, as novas regras já estão definidas em despacho da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, DGSP, tutelada pelo Ministério da Administração Interna, mas não estão a ser aplicadas “em praticamente nenhum estabelecimento prisional”. Como se vê, é o Estado a que chegámos que não tem interesse em aplicar a sua lei.

 

Além da circulação do dinheiro e da utilização de talheres de metal que segundo a lei, tinham obrigação de ser de plástico, outras regras que não entraram em vigor são a identificação da comida que pode entrar nas prisões (é por esta via que a droga e outros utensílios entram no interior das cadeias, como por exemplo telemóveis, igualmente proibidos) e o tratamento a dar aos bens pessoais dos reclusos, explicou Jorge Alves. O representante dos guardas prisionais afirma: “Quase um ano depois, estas questões tão simples e que são a bíblia para o trabalho do Corpo da Guarda Prisional, ainda não estão em vigor” sustentou.

 

 

Pois bem. Em Sintra, assim como noutras prisões do país, a droga; o dinheiro e os talheres de metal, fornecidos por empresas particulares de refeições, continuam a existir! É impressionante, como o Estado em défice permanente há vários anos, contrata serviços externos, perfeitamente supérfluos e desnecessários. Provavelmente, deve ser para sustentar negócios de conhecidos ou pseudo-empresários que sem o auxílio de contratos celebrados com o Estado não teriam qualquer sucesso. E nós os contribuintes a pagar, pois claro! Por outro lado pergunta-se: não seria suficiente admitir cozinheiros que dessem posteriormente formação a reclusos, para depois formarem uma equipa entre eles que fizesse as suas próprias refeições?! Parece evidente que sim…

 

Também se admite facilmente, que o regime disciplinar e principalmente a sua aplicação é algo laxista, porque o sistema prisional e penitenciário actual, que considera os criminosos, quaisquer que sejam, simples vítimas da sociedade, assim o permite e incentiva. Basta vermos alguma filmografia, (isto para quem não tenha uma experiência directa vivida nas penitenciárias), para verificar que no interior das prisões é hábito formarem-se grupos de reclusos às ordens de chefes, igualmente criminosos, que mandam e desmandam nas “barbas” dos guardas! Como é que é possível existirem indivíduos que cometeram crimes, serem autoridade nos estabelecimentos prisionais onde vivem? Trata-se da deturpação total do conceito de castigo e correcção, porque todo aquele que comete crime, não pode ter poder, sobretudo estando detido… 

 

 

Com o crescimento da população presidiária, as instalações existentes tornam-se demasiado exíguas. Qual é a solução? Cá está mais um trabalho que podia e devia ser desempenhado por presidiários: a construção e/ou remodelação de instalações com o apoio de técnicos externos. Mas não. Como não existe dinheiro para contratação de empreiteiros que executem as obras, não se resolve o assunto. 

 

Segundo dados da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, DGSP, a população prisional neste momento em Portugal é de cerca de 13.320 presos. E pelos vistos ainda há muitos soltos que deviam lá estar! É suficiente ler-se jornais ou ver-se televisão, para constatar isso mesmo, mas como são indivíduos influentes, neste caso, más influências, seguem as suas vidas sem serem incomodados pela lei, nem pela Justiça! Basta ver que há dias o Exmo. Sr. Dr. Isaltino Morais, merecedor de algum mérito em Oeiras, onde continua a ser Presidente é já comprovadamente culpado do crime de corrupção, mas já não vai ser condenado, nem preso, porque a lei existente, diz que como passaram alguns anos, no entender dos “idiotas” legisladores, já não pode ser preso, podendo continuar a corromper e a abusar como entender!

 

 

Esta é a nossa situação. O Nacionalismo pode e deve ser a solução para uma Justiça à séria, correctiva e regeneradora individual, para quem comete crimes. Porque o crime não pode ser considerado virtuoso a honestidade é que é.

 

Humor da semana:

 

Sabem qual é a diferença entre a Prisão e o Trabalho? Na prisão, todas as despesas são pagas pelos contribuintes e não tens que trabalhar. No trabalho, tens que pagar as despesas do teu bolso para ir trabalhar e deduzem taxas ao teu salário para pagar os custos das prisões.

 

Numa acção social, o antigo primeiro-ministro José Sócrates vai visitar umas prisões. O director da Penitenciária, com a ajuda de um megafone, diz aos presos no pátio:

 

- Atenção, cambada! Chega de preguiça! Chega de sorna! Chega de bandalheira! Quero todos a varrer e a limpar esta bagunça! Amanhã vem cá o antigo primeiro-ministro José Sócrates.

 

Ao ouvir o comunicado, um dos presos comenta com outro:
- Caramba! Custou mas foi! Finalmente prenderam o gajo!

 

 

Vê-se mesmo que é anedota! Então não foi muito mais fácil, prenderem o sem-abrigo que roubou um “polvo” para comer?

 

Viva Sintra! Município de Portugal!