O governo através do Ministério da Defesa Nacional, pensa transformar ou construir, um novo aeroporto civil comercial para a Linha Aérea de Baixo Custo. Para tal, mandou estudar a hipótese de ocupar a Base Aérea Militar nº 1 de Sintra, BA1 ou, as Bases Aéreas Militares de Alverca ou do Montijo, para o efeito.
Claro que, na sequência da política anterior de maior restrição financeira e de maior redução de efectivos nas Forças Amadas Portuguesas, leva a cada vez mais reduções de infra-estruturas militares, nomeadamente na Força Aérea, com a transformação de aeroportos militares, em civis, prejudicando as necessidades das próprias Forças Armadas, para o desempenho das suas missões de defesa e segurança aéreas.
Será que as bases aéreas militares que existem são demais? Não me parece. O que parece é que os sucessivos governos, querem acabar com as Forças Armadas, mas não o dizem. Concretizam essa ideia de forma discreta, mas que salta a olhos vistos, quando se confronta com as próprias infra-estruturas, neste caso, com a Força Aérea.
Sempre disse e confirmo, que seria de grande interesse para o município de Sintra a criação de um aeroporto de âmbito regional, para a área do distrito de Lisboa e pensado para a exploração de uma linha aérea de baixo custo, que pudesse também operar no resto do Continente, incluindo as ilhas dos Açores e da Madeira, mas nunca à custa da Força Aérea!
A companhia de aviação comercial, Easyjet, prevê arrancar com uma base no actual Aeroporto da Portela de Lisboa, para Abril de 2012, a tal opção de “Portela+1” ou seja, a expansão física do aeroporto. Está previsto também que outras companhias aéras de baixo custo, possam utilizar o novo aeroporto o que à partida parece bem. O que não é aceitável é que o façam pela redução ou adaptação de bases aéras militares e sem que haja um estudo do impacto ambiental para a região envolvente.
Portanto, um aeroporto médio em Sintra para o sub-sector da linha aérea comercial de baixo custo é positivo, mas não a utilização de infra-estruturas militares; nem a ausência do impacto ecológico. Esperemos que a Câmara Municipal, possa ter a atenção devida e merecida a este assunto, no que respeita à localização e ao impacto do aeroporto e para isso deve actuar buscando informação e avaliando localizações e impactos noutras zonas, que possam ser disponibilizadas, no caso de a Base Aérea Militar nº 1, se mantiver e seja necessário outro terreno para a construção de um aeroporto de raiz.
A página da Internet da Presidência da República, conta-nos a importância da actual Base Aérea Militar nº 1 e local de funcionamento da AFA, Academia da Força Aérea, da seguinte forma:
A Base Aérea N.º 1 tem um património histórico único, edificado ao longo de 89 anos, desde que, em Fevereiro de 1920, ali foi instalada a Escola Militar de Aeronáutica, na sequência da primeira reestruturação porque passou a aviação militar, resultante da transferência para os terrenos da Granja do Marquês da pioneira da Escola Militar de Aviação, até essa altura a funcionar em Vila Nova da Rainha.
A Base Aérea Nº 1, designação assumida em 1939, é, assim, a mais antiga e emblemática unidade da Força Aérea, berço deste Ramo das Forças Armadas e da formação militar e técnica de milhares de aviadores que tão altos serviços prestaram à Pátria, desbravando rotas aéreas entre os cinco cantos do mundo e evidenciando valor e comprovada abnegação em combate.
A formação militar de excelência e os militares aqui preparados constituem a base e o enquadramento das esquadras operacionais, dando assim um contributo permanente e efectivo para a constituição das unidades aéreas que, ao longo das últimas três décadas, têm vindo a participar em missões de cooperação e apoio à paz, em África, nos Balcãs, na Ásia, no Médio e no Extremo Oriente, numa participação digna que se projecta nesta Unidade Base que os preparou como pilotos militares.
A Base Aérea Nº 1 permanece um elemento essencial do dispositivo da Força Aérea e irá manter, no futuro previsível, uma actividade global de elevada importância, concentrando a instrução elementar e básica de pilotagem da Força Aérea e continuando a dar o seu prestimoso apoio à Academia da Força Aérea, ao Museu do Ar e a outras entidades e organizações civis e militares.
O Presidente da República decidiu agraciar a Base Aérea Nº 1 com o grau de Membro Honorário da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, considerando como muito relevantes os serviços prestados por esta Unidade à Instituição Militar e ao País, dos quais resultaram excepcional honra e glória para Portugal.
Resta-nos aguardar e ver qual será a atitude de Sua Exa. o Presidente da República, na sua qualidade de Comandante Supremo das Forças Armadas Portuguesas, na eventualidade da base nº 1, vier a ser escolhida para deixar de prestar serviço ao país através da Força Aérea.
Dedicados à população, os Nacionalistas sintrenses de origem, não baixam os braços, nem esperam por ninguém. Alerta! Alerta estamos.
Ao som das botas cardadas dos nossos militares da PA, a Polícia Aérea, homenageamos as Forças Armadas e afirmamos a sua importância para a um conceito de defesa, integrado e multidisciplinar para Portugal:
Viva Sintra! Sempre!