domingo, 29 de maio de 2011

Os parques de estacionamento, não cativam os utentes, porquê?



Reportagem: 

A Linha de Sintra serve actualmente 210 mil utentes por dia provenientes dos quatro concelhos por onde passa, sendo certo que a maior fatia cabe ao concelho de Sintra. É, pois, de estranhar que os parques de estacionamento criados pela Refer para os utentes da CP estejam às moscas.

Em Monte Abraão, o parque de estacionamento da Refer, Rede Ferroviária Nacional, com capacidade para mais de 500 viaturas, está sempre praticamente às moscas. Este é o resultado das verbas exigidas aos automobilistas para deixar o carro, com um valor mensal a rondar os 20 euros. Pode não parecer muito, mas a somar ao passe da CP, Caminhos de Ferro de Portugal e a todas as outras despesas fixas às quais não há fuga possível, os 20 euros pesam e muito no orçamento mensal.

A maioria das pessoas que acede ao comboio na estação de Queluz/Massamá reside fora da freguesia de Monte Abraão, por isso opta por levar o carro até à estação e estacioná-lo num buraco qualquer.

As artérias mais procuradas e mais congestionadas são a Praceta António Correia de Sá e a Praceta 1.º de Maio, onde os próprios moradores evitam sair de carro para não perder o lugar. "Nestas ruas moram muitos casais de idosos que às vezes querem ir ao médico e não podem sair porque já sabem que se tiram o carro perdem o estacionamento o dia inteiro", aponta Maria de Fátima Campos, presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão que lamenta o subaproveitamento do parque de estacionamento junto à estação. "O dia mais rentável para o concessionário do parque é o sábado, por causa da feira, porque ao dia de semana não se vêem lá mais de 50 carros".

Na opinião da autarca só há uma solução: a gratuitidade do parque quer para os utentes da CP, quer para os moradores da freguesia. "Estamos a falar de uma freguesia que tem um quilómetro e meio quadrado de área e 45 mil habitantes. É tudo prédios no mínimo de dez andares, com uma média de dois carros por apartamento. Onde é que arranjo estacionamento para tanta gente?", questiona Maria de Fátima Campos.

Para facilitar a vida quer aos moradores, quer aos utentes da CP, o parque deveria ser gratuito, defende a presidente de Junta, garantindo que para que esta medida fosse possível a própria Junta de Freguesia se encarregaria da vigilância do local, porque a manutenção do mesmo já é da sua responsabilidade, como contrapartida da realização da feira.

Utilidade zero.Para além do quebra-cabeças que é encontrar um buraquinho para deixar o carro, o problema da não utilização dos parques criados pela Refer está a afectar também, e principalmente, os moradores nas imediações das estações.

Como é o caso de Américo Gonçalves, residente em Rio de Mouro há 42 anos. Aos dias úteis, a partir das 6.30 horas, as principais ruas perto da estação enchem-se de viaturas. E os parques permanecem às moscas. "Isto para mim tem um nome: má gestão do espaço público.

Os moradores são os mais prejudicados, se saímos cedo, depois não encontramos lugar para deixar o carro e temos de andar às voltas. Não percebo porque as pessoas que vão para Lisboa não deixam a viatura no parque próprio, penso que as mensalidades até são económicas..." 19 euros por mês é quanto tem de desembolsar um utente da CP se quiser deixar o carro no parque de estacionamento de Rio de Mouro.

De acordo com o funcionário da empresa no local, existem cerca de 50 utilizadores mensais. Ou seja, restam 150 lugares vazios. No lado oposto da estação, na Rinchoa, existem mais dois parques, cuja utilização também não é significativa. Mais uma vez quem paga são os moradores e a própria freguesia, porque estacionamento desordenado está descontrolado.

"Anda a Junta de Freguesia a gastar dinheiro em pilaretes e a reparar passeios para remediar uma situação que não vai mudar enquanto a Refer não tomar medidas de incentivo à utilização do transporte público.

O estacionamento está completamente desordenado, os moradores queixam-se imenso. Quem habita junto à estação não pode sair de manhã, se não só tem lugar à noite", aponta Filipe Santos, presidente da Junta de Freguesia de Rio de Mouro.

Na sua opinião uma mudança importante é a gratuitidade dos parques. "A população de Rio de Mouro utiliza três estações, a de Mira Sintra-Meleças, a de Rio de Mouro e a da Tapada das Mercês e o triste é que todos os parques destas estações estão vazios, não se pode dizer que algum tenha realmente utilidade", sustenta Filipe Santos.

Fonte: Jornal O Correio de Sintra
 

» Senão houver parques de estacionamento gratuitos, nas áreas limítrofes das estações ou com pagamento simbólico, ninguém ou quase irá estacionar lá. Logo, deixam de ter utilidade.

Torna-se urgente que estas situações sejam corrigidas e além disso, que se fomente a instalação de silos de superfície e subterrâneos, para complementar os parques, ao mesmo tempo que se promove a utilização do transporte colectivo. Mas para isso é necessário que as entidades responsáveis tenham a inteligência de facilitar esse hábito, com medidas concretas nesse sentido. A lógica do lucro nem sempre é a mais adequada. Nesta situação vê-se perfeitamente que é completamente errada!

Por estas e por outras razões, no dia 5 de Junho, coloque uma cruzinha na sigla: PNR. Não fazemos quaisquer promessas. O sentido de Bem-servir a população é a vontade e o dever dos Nacionalistas.




Viva Sintra! Parcela de Portugal

sábado, 21 de maio de 2011

Os Nacional Renovadores vão a caminho da Assembleia da República.


Vídeo da entrevista concedida à Antena 1:
Antena 1 - Entrevista a José Pinto-Coelho

Nestas rápidas entrevistas, o Sr. Prof. José Pinto-Coelho, sintetiza em poucas palavras algumas orientações políticas, para o Futuro de Portugal!


Vídeo de entrevista no Jornal da Tarde da RTP1:
Eleições 2011 - PNR quer garantir eleição para o parlamento - RTP Noticias, Vídeo






No dia 5 de Junho, pela sua Saúde! Vote contra o PS de Sócrates e contra o PSD de Passos Coelho. Dê uma oportunidade aos Nacionalistas. 

Faça-o no uso dos seus próprios interesses em nome de um Portugal melhor para todos! Partido Nacional Renovador. Uma esperança para os Portugueses.




Viva Sintra! Terra Portuguesa!

domingo, 15 de maio de 2011

As consequências da troika; do desgoverno e a política certa para Sintra.


Não tenhamos dúvidas que Sintra, a par do restante país, pagará caro o recente Acordo da Troika: FMI; CE; BCE. Fundo Monetário Internacional do Banco Mundial; Comissão da União Europeia e Fundo Europeu de Estabilização Financeira do Banco Central Europeu, em conjunto com o PS; PSD e CDS. Acordo esse que prevê 78 mil milhões de euros, a Portugal, para tentar travar a Bancarrota que se aproxima!

Bancarrota essa não admitida pelo des/governo socialista, que em 6 anos e meio, endividou o país de forma criminosa e altamente prejudicial a todos nós. Recordo que na Islândia, o primeiro-ministro foi julgado por ter grandes responsabilidades no colapso económico da pequena ilha. Em Portugal, o primeiro-ministro após se demitir e de o presidente da república, ter convocado eleições antecipadas em 2 anos e meio, por vontade dos 5 partidos políticos com representação na Assembleia da República, assumiu-se como candidato a novas eleições, sem que qualquer processo judicial ou qualquer auditoria às contas públicas, tivesse ocorrido e o tivesse condenado. Sondagens de opinião, dizem que ainda assim, haverá à volta de 30% que pensam elegê-lo novamente. É demais!

Assim não nos devemos espantar pela situação calamitosa em que está as finanças e a economia, já em retracção. Este país e este povo, permite e aceita situações que são inadmissíveis a outros povos e outras pátrias. Daí o nosso atraso.

Por outro lado, a União Europeia, nesse tal Acordo, que mais parecia um leilão, em que cada parceiro social, fazia pedidos, tentando retirar benefícios, onde o PS, PSD e CDS, não quiseram ou não foram capazes de atenuar as más condições impostas, enquanto o país, ainda inconsciente da real situação em que se encontra, nem se apercebe que não teremos um Governo, mas sim, uma Administração-delegada da Troika. Pouca margem haverá para alterar o rumo pré-estabelecido com novas eleições. Apenas saberemos qual será o rosto da “marionete” principal, às ordens dos credores. A propósito de empréstimos, quem é que se lembra desta notícia em 2009?

Economia - Banco de Portugal empresta mais de mil milhões de euros ao FMI - RTP Noticias, Vídeo

O FMI considerado o mais temível, cobra 3,25% nos primeiros três anos e 4,25% a partir do quarto ano. Falta conhecer o valor exacto da comissão a acrescentar a esta taxa…Por outro lado a União Europeia, através do Fundo do Banco Central Europeu, vai aplicar-nos uma taxa de juro na ordem de 5,7% para serem pagos em 7 anos e meio! Isto é vergonhoso não só para nós, mas também para a própria União Europeia. Prova-se facilmente, que a solidariedade entre Estados no âmbito desta “união” não existe de facto. Além disso, a nossa situação é tal que já nem moeda própria temos! Um país sem moeda nacional, nunca poderá ser verdadeiramente independente, quanto mais soberano. Recebemos em escudos, mas temos despesas na proporção do nível de vida do euro, que é muito mais elevado. Esta União Europeia é uma fraude! Um atentado, contra a independência de uma das Nações mais antigas da Europa, como é Portugal.


A “União” Europeia, em vez de facilitar a recuperação de um Estado-membro, procede de forma contrária, obedecendo às ordens da Alemanha; França, etc. agravando mais o juro a Portugal, provocando o colapso da economia nacional. Aqui está o grande benefício e a grande irresponsabilidade da adesão à moeda única! Adesão essa que foi assinada por um chefe de governo do mesmo partido que nos colocou na Bancarrota, o PS!


Porque é que será, que por exemplo a Suiça, vive muito melhor que nós, com um clima muito pior que o nosso e com uma moeda própria, o franco-suiço e além disso com um território muito mais pequeno que o nosso e nem sequer precisa de ser membro da tal União Europeia? Porque os suíços não querem ser dependentes de ninguém e sabem governar-se. Prova-se também, que é absolutamente falso que todos os outros países que não pertencem à União Europeia, não vivem com mais dificuldades por não fazerem parte dela. O que está provado é todos os países que aderiram ao Euro, as suas economias não crescem tanto como outras economias que estão independentes do euro…


Convém ter presente também, que o juro que nos é cobrado pelo empréstimo, está muito relacionado com a avaliação das agências americanas de análise financeira: a Moody's; Standard & Poor's e Fitch que são privadas e têm o monopólio do mercado internacional. Agências essas, que se encontram em processo de investigação, depois da queixa apresentada por quatro economistas portugueses:

MP vai investigar três agências de "rating" internacionais - Portugal - DN

Torna-se urgente por todas as razões, que se renegocie as condições do empréstimo que será um negócio rentável, para a Troika, mas para nós será ruinoso, se não houver um prazo mais alargado, por exemplo a 20 anos e um juro mais baixo, no máximo a 3% para o FMI e no mínimo a 2% para o Fundo do BCE, porque nós somos um Estado-membro da União Europeia e por isso mesmo, temos que lhes exigir condições mais favoráveis. A Grécia que estava muito pior que nós, já renegociou; conseguiu um juro mais baixo e já caminha para o crescimento económico. De contrário, teremos 10 anos, de um país virado exclusivamente para a cobrança de impostos sem qualquer crescimento económico: desemprego; emigração; dissolução do Estado social; falências de pequenas e médias empresas. Numa palavra, miséria.


Não podemos ser ingénuos ao ponto de desculpar os comunistas e os esquerdistas, por não terem participado nas negociações da Troika, em conjunto com os outros partidos! Em relação ao PCP-PEV toda a gente sabe que para eles a propriedade privada não existia. Em 1974/1975 deram cabo da economia portuguesa que ficou num estado muito semelhante ao que nós nos encontramos hoje. Também sabemos que ser de esquerda é o contrário de ser patrióta...

Por outro lado o BE, sempre defendeu uma sociedade degradada, com droga; homossexualidade; aborto livre; a entrada de cada vez mais estrangeiros em Portugal, destruindo a nossa identidade, etc. Tudo o que é mau é proposto pelo BE, embora por vezes, nos pareça o contrário é pura ilusão. Querem demarcar-se da responsabilidade e assim colocar as culpas apenas nos três partidos signatários.


Quais são as consequências para as Autarquias Locais, nomeadamente para Sintra, com este Acordo da Troika com o PS; PSD e CDS? É o seguinte:

Em 2012 e 2013 haverá um corte nas transferências para os orçamentos municipais de 5,5%, que representam a nível nacional 130 mil milhões de euros a menos. Por outro lado, está acordado que também será obrigatório reduzir 2% dos funcionários públicos locais. O dobro do que será exigido à Administração Central! Em vez de se reduzir na administração central, nas direcções; departamentos; institutos; fundações; etc. deduz-se nas autarquias. Por aqui se vê, que esta política é inadmissível e que não se vai reduzir onde se deve, mas onde se entendeu que devia.

Além disso, o IMI, Imposto Municipal sobre Imóveis, será aumentado pela actualização do valor dos imóveis em 2012, mas esse valor cobrado a mais vai todo, para reduzir o défice do Estado. Ou seja os municípios vão perder duplamente: menos financiamento e menos recursos próprios. O que é mais grave é que o sobreendividamento das Famílias que têm crédito à habitação, não vão conseguir suportar o aumento da prestação da renda causada pela elevação do juro e pelo aumento do IMI. Infelizmente a maioria da população, ainda não se apercebeu da gravidade em que estamos…


Quanto à redução de freguesias; municípios e eliminação dos governos civis dos distritos, no que diz respeito ao Município de Sintra, nada se deve alterar. Por exemplo em Lisboa, já se reduziu um grande número de freguesias que nem sequer deviam ter existido, dado que as suas dimensões eram irrisórias e apenas serviam para colocar mais funcionários públicos, aumentando a despesa e perdendo-se eficácia administrativa para o conjunto do município de Lisboa.

Se pensarmos na desertificação que existe em toda a faixa interior continental de Portugal, talvez não seja mal pensado a associação de 2 municípios no máximo, com uma única sede, visto que se reduziria a despesa pública com essa medida e aumentar-se-ia a eficiência, mas apenas se for necessário e após avaliação de casos concretos, sem qualquer demagogia, mas com objectividade.

Mapa da Densidade Populacional: a cor alaranjada, significa as áreas com mais população.

No caso da dissolução dos 18 governos civis dos distritos é uma política que tanto pode ser benéfica como prejudicial. Se se eliminar os governos civis e não se instituir em seu lugar, 9 Administrações Provinciais, será mau, porque a administração central não pode chegar de forma célere a todos os problemas que se passam no país. A existência de uma divisão administrativa intermédia entre a Administração Central e Local, não é uma simples opção é necessária ao próprio Estado, para realizar uma boa administração. Por isso é importante que haja uma reunião de administrações regionais de saúde; educação; transportes, ambiental, etc. numa Administração Provincial, que no caso de Sintra seria abrangida pela fusão de 3 distritos: Lisboa; península de Setúbal e Santarém, ao que normalmente se chama de: Província da Estremadura-Ribatejo.


Mas atenção: esta proposta nada tem a ver com a chamada Regionalização! Está relacionada sim, com a reestruturação administrativa do Estado, não se prevê nenhuma Junta Regional, nem nenhuma Assembleia Regional! Isso englobaria muito mais despesa; mais desorganização e mais divisões; mais funcionários públicos onde a luta político-partidária levaria a uma desagregação do território nacional de Portugal para a Espanha. Tal cenário apenas é admitido por traidores…


Sendo assim, pouco resta que possamos fazer aqui em Sintra, para manter ou melhorar as nossas vidas. No entanto, fazer pouco não é o mesmo que não fazer nada. É no entanto possível organizar e executar algumas políticas que possam de alguma forma minimizar o impacto negativo para a população em geral.

Aplicando o princípio nacionalista de Bem-servir, é da maior utilidade e urgência o lançamento das seguintes medidas:


» Criar uma Divisão de Assistência Social e Familiar na Câmara Municipal, dedicada ao fornecimento de refeições; balneários; livros escolares; medicamentos genéricos; estágios profissionais, etc. a todos os munícipes que sejam sintrenses de origem e estejam desempregados e um Departamento de Pesquisa de Emprego, para a intermediação entre empresas e a contratação de pessoas;

» Dissolver todas as empresas municipais e reencaminhar as suas funções para o executivo da Câmara Municipal, criando-se Divisões administrativas especializadas para cada actividade, passando a funcionar com rigor e competência;

» Criar uma Força de Trabalho Municipal, com um horário de 4 horas diárias, constituída exclusivamente por desempregados que sejam beneficiários dos apoios da Divisão de Assistência Social e Familiar, como forma de compensação pela despesa suportada pela Câmara Municipal, dedicados à solidariedade; à produção agrícola e à recuperação e manutenção de parques, jardins; etc.

» Criar uma Banco de Crédito Municipal cooperativo, para o desenvolvimento de micro-empresas, em áreas e actividades que sejam escassas no município, com empréstimos a 1% ou 2,5% conforme o montante e isenção de 3 anos, associado a um programa de cursos práticos de 6 a 12 meses, em profissões e nichos de mercado com empregabilidade, aos desempregados, que poderiam ser apoiados na criação do seu próprio emprego, com apoio técnico gratuito da Câmara, até ao pagamento total do empréstimo.

» Criar uma Unidade de Saúde Móvel de apoio domiciliário aos idosos maiores de 65 anos e às crianças até aos 14 anos de idade.

» Criação de um programa de repatriamento para os estrangeiros desempregados, residentes em Sintra.

» Criar um Abono de Natalidade, para Famílias portuguesas residentes em Sintra, com mais de 2 filhos, em géneros alimentares; higiene pessoal e leite;

» Criar uma Unidade de Transporte ou um programa de transporte para tratamentos médicos de idosos e transporte escolar para crianças, que se prove não terem possibilidades económicas para tal.

» Criação de vários programas de Actividades de Tempo Livre, para crianças até aos 14 anos e cursos livres, para jovens até aos 18 anos, sempre tendo em conta uma forte componente prática e de utilidade futura;

» Criação de um Programa Municipal de Reabilitação Habitacional e constituição de uma Agência Municipal Imobiliária, para tornar efectiva a liberdade de escolha dos munícipes: alugar uma casa; comprar uma casa ou fazer obras em casa, através do sistema cooperativo.


Se esta política for concretizada em Sintra o impacto desta crise monetária, será muito menor e tornará possível desenvolver o nosso Município num rumo certo e sustentado, pagando a dívida aos credores internacionais, sem prejudicar demasiado o nosso próprio desenvolvimento.

A vida é feita de escolhas. Oxalá saibamos todos escolher Bem…


Viva Sintra! A caminho do melhor para Portugal!


sábado, 7 de maio de 2011

Justiça social para idosos e crianças, permanentemente adiada!


É escandaloso, o estado em que vive a maioria dos idosos em Portugal, em particular, no que respeita ao Município de Sintra. Um antigo camionista, que reside na freguesia de Mira-Sintra e que sofre da terrível doença de Alzheimer, vive sozinho, porque foi expulso do centro de dia, onde morava, por causa de ter agredido outro utente, segundo consta. Ora o idoso em causa, não tem condições para viver sozinho, como facilmente se percebe, mas lá nesse centro de dia, não quiseram saber. Em vez de providenciarem medicação; acompanhamento psicológico, etc. puseram-no na rua! Pura e simplesmente, como se fosse um animal…

A situação deste idoso é do conhecimento da Segurança Social; da Associação dos Reformados; Pensionistas e Idosos de Mira Sintra desde Agosto de 2010 e pelo Programa Integrado de Policiamento de Proximidade da PSP de Sintra. Quem lhe vai valendo, são duas vizinhas que têm tratado deste idoso dependente. Diz assim uma das senhoras acerca do caso:

"É lamentável. Contactámos os delegados de Saúde de Sintra e de Queluz, a assistente social e a PSP, que ficou de enviar um relatório para a Segurança Social mas nada foi feito", afirmou Maria Cardoso, que vai todos os dias a casa de Carlos Salgado para lhe dar comida." A outra vizinha testemunha, que não tem condições de viver sozinho.

A Segurança Social admitiu a existência do processo, mas afirmou não ter conhecimento da "recente agudização da situação", garantindo que ia tentar colocar o idoso num lar. Isto após a reportagem. Se não tivesse havido uma reportagem, a Seg. Social, provavelmente,deixaria o caso nas mãos do acaso.Os Serviços da Acção Social vão contactar o filho, com quem Carlos Salgado não fala há sete anos, noticia o jornal “Correio da Manhã”.


Chamo a atenção que três entidades, não se incomodaram com este caso! Nem a Segurança Social; nem a Associação de Reformados, nem a Polícia! Três! Quem se incomoda são as duas vizinhas. Pergunto: a Segurança Social não tinha obrigação de averiguar as condições reais em que vive a pessoa em questão? A associação dos reformados, não podia chamar a atenção da Segurança Social; da Polícia? Poder podia, mas não fez caso. E a polícia, não se chama de Segurança Pública? Também não podia chamar um Delegado de Saúde ou alguém da Segurança Social? Poder podia, mas não são, provavelmente, atribuições da polícia, mas deviam ser!

Este país não funciona! Não respeita quem trabalhou uma vida inteira e descontou em idade activa, financiando a Segurança Social, para aos 65 anos usufruir de algum bem-estar ou de algum auxílio, conforme as situações e as necessidades. Por outro lado, ainda não há muitos anos, era na Família que os idosos viviam os últimos anos, próximos dos netos e dos seus filhos. Está instituída uma profunda crise de Valores.


Recordo um caso na minha família, em que a minha avó materna, pela altura em que teve a infelicidade de ficar viúva e como tinha 4 filhos e nenhum deles era abastado, ficou estabelecido, para não sobrecarregar um único filho com a despesa, uma vez que, por diversas razões, não tinha pensão, a Mãe deles, minha avó, seria sustentada um mês por cada filho ao mesmo tempo que lhes faria companhia. E assim foi, até ao último dia da sua vida. Nenhum filho seu, se lembrou de colocar a sua mãe, num lar qualquer à espera do autocarro da morte. Ainda não há muitos anos era assim!


Há pouco tempo, como foi do conhecimento do país inteiro, uma idosa foi encontrada morta em sua casa, depois das Finanças terem vendido a sua casa. A nova proprietária encontrou a idosa já cadáver! Estava morta há 9 anos! Sem que ninguém de direito e obrigação, desse por falta dela! Com excepção de um sobrinho já septuagenário, que diz:

"-Em 2002 participei à PSP e ao Tribunal de Sintra o desaparecimento da minha tia. Ao longo dos anos fui muitas vezes ao Ministério Público e disseram-me sempre que se ela estivesse morta notava-se o mau cheiro e por isso nunca deixaram arrombar a porta", disse à agência Lusa Armando Martinho Gaspar, sobrinho da idosa que terá falecido em 2002 e cujo corpo foi encontrado no seu apartamento na Rinchoa, Sintra.

E acrescenta: “-Ainda na semana passada se deslocou ao tribunal para tentar, mais uma vez, apurar sobre o desaparecimento da tia, mas teve a mesma resposta: "Não cheira mal, por isso..."Estou muito triste. Andei a caminho do tribunal várias vezes ao longo destes nove anos e nunca me deixaram arrombar a porta."


Segue a reportagem:

País - Cadáver de idosa morta há nove anos pode ter-se mumificado - RTP Noticias, Vídeo

Esta é a Realidade social dos idosos em Sintra. Mas em relação às crianças, o caso não tem tido melhoras segundo a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Sintra Ocidental e Oriental, que abrange as 20 freguesias, informa que existe um agravamento de casos de absentismo escolar; negligência e maus-tratos a crianças e jovens.


Para os Nacionalistas, que estão acima da esquerda e da direita, estes casos não são suportáveis, nem admissíveis! Mas são tolerados pelos políticos do costume a quem a maioria alucinada por promessas irrealizáveis, vai votando e reclamando aqui e ali, sempre que alguma situação os incomoda pessoalmente, mas que na altura própria de poderem mudar, escolhem, manter.

Não devia ser legal a existência de lares, funcionando muitas das vezes sem condições e que de lar, nada têm, mas sim de depósitos de “peças velhas” que já ninguém quer! Em que já poucos escutam a voz da Sabedoria empírica, da experiência.


Em seu lugar, estabelecer-se-ía o aumento da área das residências familiares e como complemento, substituindo os lares, as Residências Assistidas para Idosos e Crianças, em cada freguesia, munidas também, com uma Assistência Domiciliária, igualmente disponível para idosos e crianças.


Esta política podia ser desenvolvida pela Câmara Municipal, quer individualmente, quer em cooperação com IPSS, Instituições Particulares de Solidariedade Social, portanto, sem fins lucrativos, mas com fins de Utilidade Pública, onde cada utente pagaria uma mensalidade comparticipativa das despesas, de funcionamento; de pessoal e de medicamentos genéricos, na ordem de 10% da sua pensão, conforme as suas possibilidades, uma vez que com pessoas que não estão em idade activa, não se deveria fazer negócio…

O que é uma Residência Assistida, não é o mesmo que um lar? Não é semelhante. Para elucidar, apresento um excerto de um anúncio de uma residência assistida para idosos, privada e com fins lucrativos, em que cada cliente, paga mais de 1000 euros mensais:

Uma equipa competente e treinada. Dispõe de assistência de uma equipa técnica, disponível para atender as suas necessidades, 24/24h.A nossa equipa técnica integra:

» Médico, especialista de medicina interna, que consulta semanalmente todos os Residentes referenciados:
» Médico psiquiatra;
» Enfermeiros graduados, que asseguram turnos diários, 7 dias por semana;
» Fisioterapeuta.
» Também em cuidados continuados/paliativos e demências. A nossa experiência envolve a prestação de cuidados continuados, nas fases de convalescença, ou reabilitação – AVC, Acidentes Vasculares Cerebrais, enfartes, cirurgias, outros episódios agudos e paliativa, no caso de doenças incuráveis. Também na área das demências, Alzheimer e congéneres…



Como se vê é possível outra Realidade social em Sintra. Mas para isso é necessário que os nossos munícipes, assim o desejem e votem em conformidade, não ficando em casa dizendo que não vale a pena, nem votando nos mesmos que são iguais.

Viva Sintra! Um município de Portugal!