sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Depósito colocado na Estação de Agualva-Cacém, em local errado!

 
(Foto de exemplar semelhante ao existente no local) » Moradores e comerciantes do Largo da Estação de Agualva-Cacém temem que a instalação de um depósito de combustível à superfície ponha em causa a segurança do local e contestam atrasos de 15 meses das obras. No local é visível a futura estrutura do depósito que se encontra separada por uma pequena estrada de um prédio e de várias lojas.

Mónica Guedes mora no Largo da Estação há 18 anos e considera que a instalação à superfície de um depósito para abastecer um gerador de emergência da estação ferroviária vai perturbar a vida de quem mora no local e pode "trazer problemas de segurança".

"Estamos bastante preocupados. Isto vai fazer muito barulho durante a noite. É uma bomba-relógio que estão a pôr às nossas portas", disse a moradora à Lusa. Para o proprietário de um talho, Pedro Santos, "não faz sentido instalar um gerador à superfície" quando a estação tem uma zona subterrânea onde poderia ser colocado.

"Pode haver aqui um acto de vandalismo e provocar um acidente. Com tanto espaço podiam pôr o depósito noutro local", afirmou. Este comerciante lamenta ainda "as obras intermináveis" de renovação da estação que "nunca mais acabam" e que estão actualmente com um atraso de 15 meses, uma vez que a data de conclusão estava prevista para Agosto de 2011."Toda esta zona esteve com o acesso interditado.

 
Durante todo este tempo tive quebras de facturação na ordem dos 60 por cento e tive uma loja por alugar durante dois anos",disse. Para David Gomes, proprietário de uma clínica dentária que ficará a menos de cinco metros do depósito, os moradores e comerciantes receiam que esteja a ser instalada "uma bomba-relógio" junto aos prédios. Este empresário é para já, o único da zona que moveu um processo judicial contra a REFER a exigir ser ressarcido pelo prejuízo de "70 por cento da facturação" decorrente dos "sucessivos" atrasos das obras."Foram prejuízos de milhares de euros por dois anos de obras e mais estes quinze meses de atrasos com que já vamos. A rua esteve fechada e não circulava aqui ninguém. Tinha 12 funcionários e agora tenho quatro", sustentou.

Em resposta à agência Lusa, a REFER adianta que o depósito com capacidade para três mil litros de combustível "não representa qualquer risco para as populações e tem como propósito alimentar o gerador que permitirá garantir fonte energética alternativa caso o abastecimento público seja interrompido". A empresa pública adianta que a instalação naquele local e à superfície se deve ao facto de"o terminal rodoviário se desenvolver em túnel, inviabilizando a hipótese de enterramento".

Quanto aos atrasos nas obras, a REFER justifica que estão relacionados "com dificuldades de operação do empreiteiro" da obra, e prevê que todos os trabalhos fiquem concluídos no primeiro trimestre de 2013.

Fonte: Jornal da Região - Sintra.
 

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