Como sabemos, todas as infra-estruturas à disposição das populações na via pública, próprias de um país desenvolvido, sejam pontes automóveis ou pedonais; rotundas; estradas; sinalética, etc. têm organismos responsáveis pela sua construção; fiscalização e reparação: o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações; o Instituto das Estradas de Portugal, IEP e a Câmara Municipal do respectivo município ou Junta local, se for caso disso. Mas infelizmente, quando há casos que necessitam de uma intervenção de fiscalização ou reparação, as três entidades que fazem parte do Estado, por incrível que pareça, lutam entre si, não para resolver os problemas, mas sim para verem qual delas se escapa de assumir a responsabilidade e despesa inerente, que lhes possam estar atribuídas!
É uma situação deste género, que se passa em Sintra, na Estrada Nacional 117, no troço da via que se estende de Belas ao Pendão, onde uma estrutura metálica, bastante degradada, sustém um muro e terras, ao longo do troço e cuja questão, está à mais de quatro anos a esta parte por resolver! Além disso, as águas que escorrem do viaduto da CREL, a Circular Regional Exterior de Lisboa, sobrecarregam ainda mais o muro.
Esta estrada além disso, nem sequer tem passeios, dificultando o escoamento das águas e a circulação das várias pessoas que se deslocam a pé até à estação de comboios, evitando fazer despesa com o uso do autocarro, através da Avenida Miguel Bombarda.
No passado recente, duas pessoas foram arrastadas para o rio Jamor, devido a uma cheia neste local, sintoma evidente de uma estrada que não tem manutenção de limpeza e onde as valetas estão entupidas, (ou nem sequer existem) sem que ninguém por parte da Câmara Municipal ou do Instituto das Estradas de Portugal, tome providências para a sua limpeza, o que dá origem a cheias no Inverno com as chuvas, devido à falta de escoamento das águas que provocam acidentes evitáveis, como o que aconteceu em 18 de Fevereiro de 2008.
Acresce dizer, que não há muitos anos, a JAE, Junta Autónoma de Estradas, possuía um departamento de Cantoneiros, que fazia a limpeza e reparação das estradas a nível nacional. Com a dissolução da JAE devido ao roubo de verbas por parte da administração, acabaram também os cantoneiros que tanta falta fazem…
Diz o Sr. Presidente da Junta de Belas: “Os pontos perigosos continuam na mesma, não se mexeu uma palha…a Estradas de Portugal empurra para a Câmara, a Câmara para a Estradas de Portugal e não saímos disto”
Por sua vez, ao ser questionado em Assembleia Municipal, o Sr. Vice-Presidente da Câmara, afirma que se trata de uma competência exclusiva da Administração Central, (ministério das obras públicas e ou instituto das estradas) e que o município está disponível para comparticipar nas despesas, mas que enquanto o Instituto das Estadas ou o Ministério, não avançar com a reparação a Câmara não assumirá os custos da reparação na totalidade, nem fará avançar a parte em que assumiu participar. Enquanto isto, o perigo de derrocada continua, sem que nenhuma das entidades envolvidas faça o que lhe compete!
É assim que funcionam, ou melhor não funcionam, os responsáveis eleitos ou designados dos diversos graus de administração pública do Estado a que chegámos! Salvo raras excepções.
Mais. A rotunda à entrada principal da urbanização da freguesia de São Marcos, está à vários meses em obras e continua. Além da falta de iluminação, a sinalética das obras é escassa. Segundo diz o Sr. Presidente da Junta de S. Marcos, alertou a Câmara para a necessidade de a obra ser acompanhada, uma vez que é uma contrapartida de um empreiteiro aos municípios de Sintra e Oeiras. Ou seja, a obra fica situada entre dois municípios, onde cada um espera que o outro faça o que é sua obrigação! E o empreiteiro por seu lado, que foi obrigado a fazer a obra, sem ter benefícios com isso, também nada lhe importa o resultado final dela!
O Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Sintra, o Sr. Dr. Fernando Seara, afirma que tem existido dificuldade a terminar a obra, devido à falta de um cabo de telecomunicações, que é importado…não existe em Portugal...
Conclusão: devagar se vai ao longe ou devagar que tenho pressa! Para que é que estes senhores se hão-de incomodar? O que se passa com o nosso Concelho, não faz parte da família deles, não é de ninguém. Qualquer dia, até já nem é nosso é da uma potência estrangeira qualquer...
Se temos casos destes, é porque além de termos indivíduos na administração pública, que não têm capacidade ou interesse em desempenhar os cargos de forma diligente e responsável, na altura das eleições, tornam a ser eleitos, como prémio do mau serviço que prestaram! E não prestam contas a ninguém.
Está na altura de acordarmos e de assumirmos a parte de culpa que nos cabe por esta situação. Acreditemos pois, que o Nacionalismo é a solução! Contra o laxismo; contra a corrupção; contra a leviandade e sempre a favor da População.
Viva Sintra! Terra Portuguesa!