domingo, 20 de março de 2011

Pela educação; pelas escolas; pelos professores e contra o novo Acordo Ortográfico


Como é sabido, dando seguimento à política deste des/governo socialista, responsável pelo sobreendividamento do país e a insustentabilidade das Contas Públicas, motivado pela desorientação e demagogia ao longo de 5 anos e alguns meses, com PEC, Programas de Estabilidade financeira, que não acontece e Crescimento económico que não existe, castigando cada vez mais a sociedade e economia nacionais de forma cega e inconsequente, como é o caso do encerramento de Escolas públicas, tendo como critério único o número de alunos existente em cada uma delas para se poupar...

Não é tido em conta, a qualidade da escola; o sucesso escolar dos seus alunos; o local em que se encontram; as consequências locais do seu encerramento, nada. O que interessa é cortar despesa, seja ela onde for, tenha ela as consequências que tiver! Em Sintra, foram já encerradas a Escola Básica 2.3 Galopim de Carvalho em Queluz e a Escola Básica 1 e JI de Venda Seca, em Belas.

Este vídeo mostra um caso em Fátima, onde até um socialista, está em desacordo, com o seu governo:



De seguida, o governo prepara-se para reorganizar Mega-agrupamentos escolares no município de Sintra, com cerca de 4000 alunos cada, mas não se pense que o que motiva esta política é a eficiência pedagógica e financeira. Não, o motivo é poupar desordenadamente, depois de se ter gasto da mesma forma!

O que se pode esperar do Ministério da Educação e da Exma. Senhora ministra, que faz saber que está preocupada com gastos de 43 milhões de euros este ano e com 140 milhões, do ano que vem? Não devia além dessa preocupação, interessar-se pela eficácia; pelo aproveitamento escolar; pela avaliação do próprio sistema educativo, que já se viu que não serve? Não. O que é preciso é saber em exclusivo aquilo que se gasta agora na brincadeira, a que dão o nome ilusório de Educação, que na realidade não Educa de verdade ninguém.

Um caso no Alandroal, Évora. Será este o futuro das escolas neste país?



Em vez de se poupar na administração pública, no que diz respeito à redução de: ministérios; secretarias de Estado; direcções-gerais; institutos, empresas públicas altamente deficitárias, alienando 40% do seu capital à iniciativa privada, por forma a obter mais rendimento e evitar o desperdício; no adiamento imediato do Novo Aeroporto de Alcochete e do Comboio de Grande Velocidade, TGV; na substituição dos 18 governos civis distritais do Continente, por 9 administrações provinciais; na redução de freguesias e municípios, que na realidade local, não fazem sentido, corta-se drasticamente, em toda a Estrutura Social e no aumento de portagens nas Scut, à pouco tempo sem custos, que por serem administradas por empresas privadas, com fins lucrativos, como a Brisa, pretende opter mais rendimentos e o aumento especulativo dos combustíveis, que de livre-concorrência não têm nada, motiva entre outras coisas, a criação de Associações, na tentativa de se fazerem ouvir por uma sistema político ineficaz e altamente prejudicial à sua própria população.


Associações essas, como a recentemente criada APEDE, Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino, que no seu artigo 3º informa que a sua finalidade é a seguinte:

“…desenvolver todos os meios, através de intervenções públicas, da formação de grupos de discussão e de núcleos nas escolas, de contactos com responsáveis políticos e com especialistas em educação, no intuito de dignificar o papel dos professores e educadores na sociedade portuguesa, reconhecer a sua centralidade no sistema educativo, de forma a que a sua função social se possa exercer num quadro de qualidade e exigência.”

Portanto como se percebe, com o aumento de despedimentos de Professores e precariedade crescente dos seus postos de trabalho, juntamente com um sistema de avaliação que não é isento; não é justo, nem é eficaz, nem motivador de melhores práticas docentes, nem de excelência dos seus qradros, com seria necessário.

Contudo, além destas queixas por parte dos Professores de Sintra, que não deixam de ser justas, espanta-me que não haja nenhum incómodo dos professores em geral e em particular dos professores de Língua Portuguesa, em relação à próxima entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico de 1990, aceite pelo actual governo socialista, em obediência às pressões exercidas pelo Brasil, no que diz respeito a impor à sua própria Origem Portuguesa, a sua escrita e construção de frases, erradas, com a norma infeliz, de se adoptar a forma de falar à escrita mesmo que não seja a correcta, em vez de se adoptar a palavra à Origem Etimológica. Um facto não é o mesmo que um fato!


Temos obrigação enquanto Portugueses, de preservar a Linguística Europeia da Língua Portuguesa, apenas contestada pelo Brasil e aceite por todos os países de expressão portuguesa. Já dizia o poeta e estudioso da Sabedoria, Fernando Pessoa: “a minha Pátria é a Língua Portuguesa”


Este acordo pretende pôr fim à existência de duas normas ortográficas divergentes, uma no Brasil e outra nos restantes países de língua portuguesa. É bom lembrar, que a norma ortográfica existente no Brasil, não é correcta, quer nos acentos, quer na construção das frases. Por outro lado, a origem da Língua Portuguesa está localizada na Europa, em Portugal e não no Brasil! É sempre bom não esquecer, que a própria existência do Brasil, deve-se à colonização e desenvolvimento posterior, até à categoria de Estado e não o contrário: Portugal não é fruto do Brasil! O Brasil é que é filho de Portugal! Portanto a existir uniformização da palavra escrita, o critério é a forma de escrita portuguesa da Europa, ou seja a Linguística Portuguesa Europeia. A de Portugal.


Só assim podemos contribuir para o aumento do prestígio internacional do Português e para a sua expansão e afirmação.

É vergonhoso que apenas questões de classe profissional, sejam motivo de revolta, e que questões relacionadas com a Nossa Cultura, tão importantes como a Língua de uma Nação, não tenha o mesmo sentido de indignação ou maior, visto que as gerações neste momento à “rasca” não devem querer ser “rascas”, vulgares e estúpidas…

Este acordo valoriza o critério fonético em detrimento do critério etimológico, ou seja, pretende-se aproximar a escrita da forma falada das palavras (a supressão gráfica das consoantes mudas é disso exemplo). Porque é que este critério é errado? Porque a Etimologia, que é uma das disciplinas da Gramática é a base para a formação e origem de todas as palavras escritas e faladas! Toda a Palavra tem uma origem e um significado, que é destruído pela prática da palavra oral, que muitas vezes é incorrecta, terminando com toda a origem cultural da língua.


É urgente que Sintra se insurja, pela defesa da Justiça, na Educação; nas Escolas; na preservação da Língua; na dignificação e colaboração dos Professores, pela introdução de um Novo Sistema Educativo, socialmente útil; eficaz; que prepare as gerações para um futuro com qualidade de vida; que desenvolva as capacidades vocacionais dos indivíduos e que para além das disciplinas básicas, tenha o ensino de metodologias organizacionais e administrativas; artes marciais; música, dramaturgia e estética; uma Educação Cívica e filosofia espiritual, bem como, um ensino técnico abrangente, supervisionado pelo Estado.


Não se admite o encerramento de mais escolas em Sintra, nem a formação de grandes aglomerados escolares, juntamente com um sistema de avaliação de professores, errado!

Os Nacionalistas entendem que a nossa Pátria é também formada, pelo património cultural etimológico da Língua Portuguesa!


Estamos em completo desacordo, com o Novo Acordo Ortográfico, porque destrói a origem das nossas palavras!

Viva Sintra! Parcela de Portugal!