domingo, 27 de março de 2011

As arribas costeiras de São João das Lampas e Colares, sem qualquer conservação à mais de 10 anos.


Há mais de dez anos a esta parte, que toda a zona litoral de Sintra, tem sofrido um desgaste acentuado de erosão, manifestada na sua costa e arribas arenosas, que necessitam de um programa vasto de obras de conservação. Programa esse que não existe e que os seus responsáveis directos, o ICNB, Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade, que administra o Parque Natural de Sintra-Cascais, juntamente com a ARHT, Administração da Região Hidrográfica do Tejo, ambos tutelados pelo Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, MAOT…

Infelismente, na prática, o Ambiente é mau e o Ordenamento é fraco. Reparem que existem dois institutos, para assuntos quase idênticos, gastando de forma ineficaz, os parcos recursos participados por todos nós, quando é perfeitamente suficiente, um único Instituto, que passasse a gerir todas as questões relacionadas com o ambiente: conservação da natureza; biodiversidade; regiões hidrográficas, etc.


Note-se que, a Administração da Região Hidrográfica do Tejo, já cobrou a todos os munícipes de Sintra, mais de 7,5 milhões de euros, através de taxas incluídas nas facturas da Água aos consumidores domésticos, sem que Sintra tenha sido beneficiada por exemplo, através da conservação das suas arribas…

Com se vê, estes Institutos e seus departamentos, não cuidam de forma preventiva e correcta do ambiente e coincidentemente, a Câmara Municipal de Sintra, e as respectivas Juntas das freguesias de Colares e São João das Lampas, áreas afectadas pelo problema em questão, não têm exercido a pressão conveniente sobre a Administração Central do Estado, por não terem a preocupação inata, de zelar por aquilo que assumiram em nome das populações do município de Sintra: o Bem-comum.


Além do exposto, verifica-se ainda, que a Câmara e os organismos ministeriais, não têm de forma interessada, fiscalizado de forma rigorosa a depositação de lixo, que de forma consciente ou inconsciente, aumenta a olhos vistos em todas as zonas baldias ou isoladas. Ainda há dias, se verificou que após o PLP, Projecto Limpar Portugal, que ocorreu em 20 de Março de 2010, mobilizando mais de 100.000 voluntários, preocupados em criar um bom ambiente, sem lixo. Passado um ano, alguns locais já limpos, como por exemplo em Colares, voltaram a ser “contemplados” com novas depositações de lixo, por “gente” que não é digna de habitar entre nós!


Seria necessário, que a Câmara criasse um Gabinete de Comunicação Institucional, para as relações entre as Administrações, Central e Local, por forma a evitar ao máximo que as questões que sejam da responsabilidade de outros organismos públicos, além da Câmara não ficassem da forma em que se encontram: sem ordem, nem eficiência. Mas se as atitudes e as políticas, permaneceram as mesmas, de nada vale.

Levantar-se-ão vozes aqui e ali, lembrando que não existem verbas, para adquirir materiais e mão-de-obra, para serem usados no tal programa de conservação das arribas arenosas. Por isso não é possível…

É possível! Aí é que está o engano. Chamo à atenção que existe uma população variada de indivíduos que cometeram crimes de vária ordem e que não trabalham! São sustentados pelos contribuintes e que essa despesa não tem qualquer rentabilidade, nem utilidade em benefício da sociedade. Como tal, parte do financiamento das penitenciárias, poderia e devia ser canalizado para aquisição de materiais e os presidiários, constituídos em força de trabalho, dando-se-lhes a oportunidade de prestarem um bom serviço à comunidade ofendida por eles, numa determinada altura das suas vidas. Eis a solução.


Enquanto as forças políticas do costume, PS; PSD; etc. continuarem a ser premiadas sem o merecerem, pelos cidadãos eleitores consecutivamente enganados, mas agarrados à Situação, que dizem não ter qualidade, mas que no fundo, não se incomodam o suficiente, visto que em todos os períodos em que podem mudar, mantêm!

Cabe aos Nacionalistas insistirem, provando que, “não são mais do mesmo”, são diferentes porque têm a Obrigação Política de serem Melhores. É um princípio inerente à sua própria ideologia, que é centrada não no interesse pessoal, mas no Interesse pelo Bem-comum. Oxalá os Sintrenses saibam distinguir, o “trigo do joio” na altura própria.


É urgente o nascimento de uma nova Sociedade e Sintra poderá ser pioneira, na Arquitectura de um Portugal Renovado.


Viva Sintra! Uma Terra Portuguesa!