Parte interior do Palácio de Queluz
É usual e corrente na mentalidade de alguns profissionais em Arquitectura e miseravelmente, norma da administração pública da Câmara Municipal de Sintra em geral, a promoção sistemática da construção de novos edifícios em estilos arquitectónicos onde prolifera o mau-gosto; os estilos, internacional; bauhaus, etc. O estilo do betão igualitário sem que se tenha em conta, as raízes tradicionais do nosso município, aprovando-se todos os edifícios públicos e privados, cujos projectos muitas vezes, deviam envergonhar as Faculdades de Arquitectura!
Essas Faculdades, deviam cultivar o Bom-gosto e a Estética, sem esquecer os estilos de Arquitectura próprios de Portugal, sem cair na cópia e monotonia dos mesmos estilos, mas afirmando um conjunto de traça original e tradicional dos edifícios, inovando sem construir ou reproduzir estilos que não são autóctones, quanto mais belos. Muito pelo contrário, são completamente inestéticos...
Teria toda a utilidade a criação de uma Licenciatura em Arquitectura Tradicional Portuguesa. Esta Licenciatura apresentaria duas valências: a preservação da Cultura e a Construção ou Reabilitação de casas, aconselhando o Estilo e a Estética nas Autarquias do país, provocando um bom ambiente nas cidades e vilas...
Para bem exemplificar, o Arquitecto Raúl Lino, conhecido profissional dos anos 30 do passado século XX, praticou um estilo de Arquitectura Tradicional Portuguesa de estilo artístico, que merece ser recordado e que era bom que servisse como inspiração aos seus colegas de profissão...
Casa dos Penedos na Vila de Sintra, projecto de Raúl Lino
Faz parte das atribuições da Câmara Municipal, aprovar a construção e reabilitação de edifícios, mas os indivíduos responsáveis, por velar pelo ambiente paisagístico do nosso burgo, seja motivados por políticas destrutivas e comprometidas com interesses que não os da População, seja por serem simples ignorantes, não cuidam da preservação daquilo que é parte importante da Nossa Cultura local:a Arquitectura dos espaços urbanos; rurais; estatuária e parques do Município. Isto acontece, não apenas por falta de verba, mas também e sobretudo, por falta de interesse político e indivídual dos responsáveis.
Quantas vezes notamos a mistura de estilos no mesmo edifício; em imóveis modernistas ao lado e até construções degradadas entre edifícios espelhados. É a desordem completa!
Além do exposto, a Eficiência Energética das construções habitacionais e a Bioclimática, que consiste em adaptar a construção ao meio, utilizando os recursos disponíveis na natureza, o Sol; a vegetação; a chuva e o vento, para minimizar os impactos ambientais e reduzir o consumo energético, não podem ficar como uma opção de recurso simples, porque trazem benefícios na poupança de energia e despesa.
Estas técnicas, são largamente aplicadas em países mais desenvolvidos no Norte da Europa. Além disso, por incrível que pareça, na Antiguidade Clássica, nomeadamente Romanos e Árabes, já utilizavam a Bioclimática nas suas construções...
Nós Portugueses, somos tão bons ou melhores que outros, conforme se prova neste vídeo:
Qualquer Nacionalista, defende a Arquitectura de estilo português, aliada às modernas técnicas de construção; da eficiência energética; da sustentabilidadee ;da conservação e reabilitação de imóveis em nome da População que pretende servir.
Viva Sintra! Terra Portuguesa!