sexta-feira, 12 de abril de 2013

Comerciantes de Agualva, Sintra, contestam painéis ao longo da linha.

 

Os comerciantes de Agualva, concelho de Sintra, criticam os painéis metálicos que a REFER está a colocar ao longo da linha do comboio, afirmando que prejudicam os lojistas e os próprios moradores daquela freguesia.

“Ficamos completamente isolados: temos uma ribeira de um lado e a linha do comboio do outro”, disse à Lusa Joaquim de Macedo, um dos comerciantes que tem contestado a colocação daqueles painéis e que defende a sua substituição por outros de acrílico.

Em causa estão as obras de requalificação na zona das avenidas dos Missionários e Cidade de Londres e das ruas Dr. António José de Almeida e Afonso de Albuquerque, consequência dos trabalhos de alargamento da linha de Sintra. Além dos clientes que temem perder, os lojistas alegam que se coloca também a questão da falta de luz e de claridade causada pelos painéis. “Quem passa [a pé] não vê os estabelecimentos porque rebaixaram a rua. 

Quem passa de comboio deixa de ver as lojas. As lojas desvalorizaram muito”, disse Joaquim de Macedo. O comerciante afirmou que os comerciantes chamaram a atenção da REFER para aquela questão há algum tempo, foi prometido que algo seria feito, mas “até agora nada”.

“Há má-fé de alguém, porque sabiam do problema há três ou quatro meses e agora dizem que não há nada a ser feito”, afirmou.

Os comerciantes escreveram já uma carta à REFER onde expuseram o problema e pediram o “consenso necessário, para a solução desta situação, que tanto tem prejudicado os comerciantes e empresários desta zona”.

Contactada pela Lusa, a REFER explicou que a “eficácia das barreiras acústicas está associada ao tipo de material” utilizado. “As barreiras acrílicas, embora com menor impacto visual, por serem refletoras, projetam o ruído ao passo que as barreiras metálicas são absorventes e por isso o seu uso deve ser privilegiado em zonas habitacionais”, lê-se na resposta da empresa.

A REFER afirma ainda que, “na área em questão, com ocupação de ambos os lados da linha, o projeto de implementação foi elaborado conforme legislação em vigor”.
 

 Fonte: jornal da Região - Sintra

 
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