sexta-feira, 26 de abril de 2013

Após 10 anos de espera, o governo anuncia verba para estabilizar arribas em Sintra.

 
 
Para tentar minimizar o problema, o actual Governo promete investir mais de sete milhões de euros no âmbito do Plano de Acção de Protecção e Valorização do Litoral (PAPVL), apresentado pela ministra Assunção Cristas em Maio de 2012, e cujos primeiros protocolos foram assinados no final de Março.
 
O documento sucede ao Plano de Acção do Litoral 2007-2013, que não resolveu nenhum dos problemas do litoral de Sintra, e a uma sequência de atrasos que têm dado origem a críticas da Câmara de Sintra à administração central. Agora, com a ajuda de fundos comunitários, o PAPVL vai destinar 106 milhões para a execução de cerca de 300  acções de protecção do litoral até 2015, classificadas nas prioridades máxima e elevada, montante a dividir entre as sociedades Polis (75 milhões) e a Agência Portuguesa do Ambiente (31 milhões). Destes, 2,480 milhões de euros destinam-se à revisão dos vários Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), que serão agrupados em apenas quatro, ficando a orla costeira de Sintra incluída no futuro POOC Alcobaça-Espichel.
 
Em Sintra, o PAPVL destina 3,319 milhões de euros à estabilização das arribas a norte e sul da praia das Azenhas do Mar, 2,522 milhões para o plano de intervenção da praia da Adraga, e 1,359 milhões de euros para a intervenção na praia do Magoito. Estas intervenções já estavam previstas no POOC Sintra-Sado, que desde 2003 atribui prioridade máxima à estabilização da arriba norte das Azenhas do Mar. Este investimento, em concreto,aguarda desde Outubro de 2011 pelo resultado de uma candidatura ao Fundo de Protecção dos Recursos Hídricos (FPRH).As intervenções na Adraga e no Magoito foram classificadas de prioridade elevada, mas aguardavam igualmente pelo resultado de candidaturas apresentadas em Outubro e Abril de 2011, respectivamente. 
 
O Governo não divulgou o calendário exacto das obras nem o que irá acontecer a outras acções igualmente consideradas de prioridade elevada, como a intervenção nas arribas da praia de S. Julião (na fronteira com Mafra), avaliada em 760 mil euros, ou na praia da Aguda, com um investimento de 53 mil euros; ou a intervenções de prioridade média como as previstas para as arribas da praia Grande (40 mil euros) e da praia Pequena (428 mil euros).
 
Estes valores não incluem os quase oito milhões de euros previstos em planos de intervenção e projectos de requalificação, alguns dos quais foram parcialmente implementados pela Câmara de Sintra (Adraga, Grande, Pequena, Maçãs) ou por particulares (Pedreira da Samarra) nos últimos anos, e outros continuam a aguardar financiamento ou implementação (Azenhas do Mar, Magoito e Samarra, por exemplo).
 
Fonte: Jornal de Sintra.
 

Viva Sintra! Terra Portuguesa!