sábado, 18 de junho de 2011

Revitalização de eventos e tradições sócio-culturais para Sintra.


   

Com a economia portuguesa em recessão e uma crise financeira, imposta pela última des/governação socialista e aprofundada com o Acordo da Troika estrangeira: FMI; CE; BCE com a Troika portuguesa: PS; PSD; CDS-PP, já se movimentam algumas vozes, à esquerda e à direita, no sentido de nos voltarmos para nós próprios e de não estarmos à espera que outros, resolvam os problemas que são nossos, criados e mantidos por nós, através de opções políticas erradas ao longo de mais de 20 anos consecutivos.

Como é do conhecimento público, decorre hoje em Lisboa, na Avenida de Liberdade, um evento cujos objectivos são: a solidariedade social e o incentivo à produção nacional, transformando a dita Avenida, numa enorme quinta agrícola com produtos hortícolas e pecuária, todos produzidos em Portugal e um mega picnic. Este evento resulta de uma Parceria Público-Privada, esta de grande utilidade para todos os envolvidos, entre os produtores; os hipermercados Continente do grupo Sonae, com a colaboração e apoio da Câmara Municipal de Lisboa.

País - Centro de Lisboa transformado numa gigantesca quinta - RTP Noticias, Vídeo
 
  
Aqui em Sintra, podia-se e devia-se realizar, um Evento desta natureza! Reunir todos os produtos agrícolas e não só, produzidos no nosso Município, numa grande “quinta” ou em várias zonas, segundo as especialidades locais, com produção exclusiva em Sintra. Para quê? Para incentivar o consumo de produtos produzidos em Portugal em geral e em particular, em Sintra, tais como vinho; fruta; pão; gado; artesanato, etc. Através de uma Parceria semelhante à de Lisboa.

Chamo a atenção, que as feiras temáticas que se realizam aqui em Sintra, como a Feira Medieval e a Feira Romana, não têm a dimensão desejável, nem o Apoio necessário por parte da Câmara Municipal de Sintra, como seria desejável e necessário, quer em termos de investimento; de logística; da promoção e da Parceria com empresas locais ou nacionais.  
 
 
O que acontece é que estes eventos, acima referidos, são inteligentemente aproveitados na sua grande maioria por espanhóis! Sim! Por espanhóis, em vez de Portugueses sintrenses como devia. Como se vê, a política antinacional praticada pela coligação presida pelo PSD, a que deram o nome de “Mais Sintra”, devia ser de “Mais de Fora”. Porque existe de facto um grande apoio a tudo o que não é nosso, nomeadamente a estrangeiros, sendo eles úteis ou não; estando eles empregados ou não, com subsídio de desemprego, muitas vezes negado aos Portugueses, quando a obrigação da Câmara deveria ser precisamente o contrário: apoiar tudo o que seja nosso, desde que tenha Utilidade Pública e Qualidade razoável.
  
Este Evento, podia-se estender a outras temáticas, além da agricultura, porque o objectivo é convencer os consumidores que se adquirirem produtos portugueses, estão de forma automática, a desenvolver a nossa economia; a manter postos de trabalho existentes e a criar condições para a criação de mais emprego, tão urgente, nesta conjuntura económica. Se cada português consumir 100 € mensais de produtos nacionais, com código de barras iniciado pelos números 560, está a contribuir para toda a sociedade e economia. Se houver preferência pelo que é nosso, as companhias de pequeno e grande retalho, que normalmente costumam aprovisionar-se com maioria de produtos estrangeiros, rapidamente mudarão de fornecedores e haverá estímulo à produção autóctone. A única excepção a esta política de aquisição de produtos alimentares estrangeiros é da rede de supermercados Pingo Doce, em que 80% dos produtos, são nacionais e eventualmente, pequenos mini-mercados de bairro… 

 

Por outro lado, no que diz respeito à produção de eventos culturais, relacionados com a Tradição, destaco o feriado municipal de Sintra, o 29 de Junho, dia de São Pedro, que como se sabe, está muito subdesenvolvido e desaproveitado, para defender e incentivar a introdução das Marchas Populares em Sintra, como acontece em Lisboa; em Setúbal, etc. As de Lisboa, por exemplo, são anunciadas por todo o país e têm grande fama, mas outras de outras localidades não…

 
A introdução das Marchas Populares em Sintra ao nível de todo o município, daria uma revitalização sócio-cultural ao município, quer em termos locais, quer ao turismo nacional e estrangeiro que nos visita e daria mais sustentabilidade ao pequeno comércio local. No fundo todos podiam tirar benefícios das Marchas da mesma forma que se daria mais visibilidade e proveito ao feriado municipal. Em São João das Lampas, já existe uma comissão de marchas, mas não tem as condições; os recursos humanos e materiais para ter a projecção que merece...

 
Mas quem foi São Pedro? O padroeiro de Sintra?

Segundo a bíblia sagrada, antes de ser baptizado, Pedro se chamava Simão e trabalhava como pescador.

Um dia Jesus pediu a sua barca para falar a uma multidão de pessoas, na Galileia (Norte de Israel)  Após voltar, disse a Pedro que pescasse num mar mais profundo. Como Pedro acreditava nas palavras de Jesus, tentou uma nova pesca, sendo abençoado com uma grande quantidade de peixes.

Após o baptismo o seu nome foi trocado, escolhido por Jesus, como Kepha, de origem aramaica, que significa pedra, rocha. Traduzindo-o para o grego ou para o latim, temos petrus, o mesmo que Pedro. 


Simão tinha o sonho de seguir os ensinamentos de Jesus, tornando-se um de seus apóstolos mais importantes. Ao fazer a escolha, Jesus disse: "És Pedro! E sobre esta rocha construirei minha Igreja".

Escolhido como o líder dos apóstolos, criou mais tarde a comunidade cristã de Roma, vindo a se tornar o primeiro papa da Igreja Católica.

Daí vem as crendices populares de que São Pedro ganhou as chaves do céu por ter sido escolhido como líder e, quando chove muito, dizemos que está lavando o céu. Ou ainda que para entrar no céu precisamos ganhar autorização de São Pedro.
Na igreja católica, no dia de São Pedro é feita uma comemoração com uma grande festa junina. Nesta acontecem várias queimas de fogos com danças e muitas comidas típicas.

São Pedro é considerado o mais sério dos três santos juninos. Dizem que Santo António é o santo casamenteiro, mas é no dia de São Pedro que se escolhe o melhor pretendente.

Autora: Jussara de Barros, graduada em Pedagogia.

  
Na mesma linha dos eventos sócio-culturais, com proveitos económicos, poder-se-ia formar um concurso anual de Corridas de Cavalos, à semelhança do que acontece nas tradicionais corridas de cavalos em Epson e Ascot, na Inglaterra, onde muito mais do que a corrida e as apostas é um evento social; de contactos de negócios e de moda. Para exemplificar, nas pequena localidade de Epson. O desenvolvimento das corridas, levou à criação das linhas ferroviárias de Croydon (1847) e Wimbledon (1859). A EPAE, Escola Portuguesa de Arte Equestre de Queluz, poderia ser uma magnífica parceira, nesta criação das corridas de cavalos em Sintra, sob inspiração de Ascott, mas com raízes em Sintra! Terra Portuguesa.

 

Por último, mas não menos importante, a recriação das Festas do Culto do Divino Espírito Santo, fundado pelo Rei D. Dinis e pela Rainha Isabel, a Rainha Santa, no século XIV inicialmente em Tomar, a sede portuguesa da Ordem do Templo, com fortes raízes em Sintra e Lisboa, levado também através dos Descobrimentos, que é hoje largamente praticado nos Açores e nalgumas cidades do Brasil, com raízes portuguesas açorianas.


 Espírito Santo é o termo usado para traduzir o termo hebraico, Ruach HaKodesh, utilizado no Velho Testamento da Bíblia para se referir à presença de Deus, na forma experimentada por um ser humano. A maioria dos Cristãos, considera o Espírito Santo como o próprio Deus, uma parte da Santíssima Trindade. Os discípulos de Jesus foram reunindo no dia de Pentecostes, quando:

“De repente, um som, como o sopro de um vento impetuoso vinha do céu, encheu toda a casa onde estavam sentados. Eles viram o que parecia línguas de fogo que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos eles foram preenchidos com o Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia “. - Actos 2:2-4

Esta tradição lindíssima e de grande significado espiritual é praticada no Domingo de Pentecostes, pentecostes é a palavra grega para cinquenta. Precisamente 50 dias depois da Páscoa, do hebraico, pessach, passagem, referindo-se à libertação do povo hebraico do Antigo Egipto e para os Cristãos, a ressurreição do Messias, Jesus o Cristo.

Mas para a celebração das Festas do Espírito Santo é necessário a fundação de uma Confraria ou Irmandade do Divino Espírito Santo de Sintra, IDESS. 


Para mais pormenores desta Tradição portuguesa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Irmandades_do_Divino_Esp%C3%ADrito_Santo

Resumindo, com o desenvolvimento de Eventos à escala municipal; com a valorização do feriado municipal, o 29 de Junho; com a criação das corridas anuais de cavalos e com a recriação das Festas do Espírito Santo, Sintra estaria no caminho claro do desenvolvimento sustentado e benéfico, através de uma política Nacionalista na área de Eventos Socio-Culturais. Porque economia é também Cultura.

Viva Sintra! A caminho do futuro, próximo!