domingo, 12 de junho de 2011

Reorganizar a higiene urbana e rural, poupando recursos e preservando o ambiente.

 
É quase impossível, hoje em dia a maioria das pessoas não ter interesse ou preocupação, com o meio ambiente em que vive. O desenvolvimento tecnológico aliado ao aumento da poluição e da proliferação dos resíduos produzidos e ou consumidos pela população em geral e em particular em Sintra, mostra de forma clara que será impossível continuar a viver, por muitos mais anos, exactamente da mesma forma em que temos vivido, porque a Natureza, não o permitirá!

Urge portanto, que o homem se adapte à Natureza e não o contrário. O desafio existente é: mantermos o nosso bem-estar e desenvolvimento, sem provocarmos em demasia o meio ambiente, preservando a Natureza e os ecossistemas envolventes.

É bom lembrar que antes do advento do Cristianismo, existia um conjunto de religiões, que observavam a natureza e as suas leis imutáveis, às quais de deu o nome de Paganismo, do latim, paganus, o habitante do campo ou o rústico, que prestava o culto aos deuses, em vez de um deus único...

Seja inspirados pela Antiga Religião, seja por graves consequências do lucro e do egoísmo da sociedade actual, profundamente individualista, o facto é que a política dos três R´s, Reduzir, Reciclar e Reutilizar, veio de alguma maneira para ficar, nas consciências de alguns, entre os quais os Nacionalistas, que também são defensores da protecção do Meio Ambiente.

 É nesse sentido, que a política praticada seja pela administração central, seja a local, muito deixa a desejar, quer na recolha, quer na sua eficácia e mesmo na reutilização de matérias-primas, tão necessárias á manutenção do nosso nível de vida.

Como se sabe, a Câmara Municipal de Sintra, criou a alguns anos um conjunto de empresas municipais, entre as quais a HP, Higiene Pública, EM para se dedicar à limpeza e recolha de resíduos no nosso município. Acontece que, infelizmente essa mesma empresa, que retira funções próprias do executivo da Câmara, não tem eficiência bastante, nem a sua acção é suficiente. Por isso, são necessárias mais algumas empresas, que prestam serviços à HP, EM, entre as quais a Tratolixo, Tratamento de Resíduos Sólidos, EIM-SA criada em 1990 pela Associação de Municípios para o Tratamento de Resíduos, ANTRES, para operar nos concelhos de Sintra; Cascais; Mafra e Oeiras…

A Higiene Pública, emprega 284 funcionários e tem uma laboração de 35 horas semanais, enquanto as empresas privadas que lhe prestam serviços, sendo pagas para isso, trabalham 48 horas semanais. Por outro lado, a própria Câmara Municipal, tem para a mesma área 150 funcionários, que têm a mesma função da HP, EM! E ainda assim, contrata os serviços da Suma, SA para fazer a recolha e tratamento de resíduos na zona do Cacém! 

É preciso dizer mais? A desorganização e incompetência e os interesses envolvidos são tal, que estão constituídas 4 entidades para tratarem de toda uma política que é a da Higiene; Recolha; Reciclagem; Tratamento e Reutilização de matérias-primas, criando-se um ciclo de produção e consumo reutilizável, preservando grande parte dos recursos naturais existentes.

Facilmente se percebe, que a formação de uma Divisão da Higiene Pública e Meio Ambiente, teria a maior utilidade e permitiria centralizar um actividade de natureza essencialmente pública, permitindo uma eficácia aumentada e generalizada a todo o município, gerindo de forma mais eficiente o planeamento da actividade e dos recursos humanos envolvidos.


No que diz respeito à Tratolixo, EIM-SA, ainda se pode aceitar a sua função, uma vez que é administrada através de custos partilhados entre 4 municípios e cujos serviços estão mais vocacionados para o tratamento; recuperação; reciclagem e comercialização dos materiais transformados (composto e materiais recicláveis); construção de Ecocentros e energia do biogás. A Tratolixo recebe cerca de 140 mil toneladas de lixo indiferenciado e cerca de 200 mil toneladas anuais.

Exemplo na Margem Sul:



O tratamento do lixo orgânico, tem um custo elevado, porque obriga á lavagem diária, que não é feita porque o seu custo seria incomportável, visto o cheiro libertado, ser quase insuportável. Basta imaginar um sopa que se estrague no pico do Verão e que em poucas horas fica com um odor intenso. A recolha selectiva a priori, segundo dados da empresa, torna-se cara e pouco eficaz.

Segundo Rui Caetano, presidente do Conselho de Administração da HP, EM, defende que o lixo deveria ser classificado por: lixo orgânico e lixo inorgânico e que não faz sentido a separação do lixo por especialidades, por causa da despesa despendida para a sua recolha.

Para termos uma ideia, a recolha custa por volta de 10 milhões de euros, que são replicados    para o tratamento dos resíduos. Com a abertura da Central de Compostagem de Mafra, prevista no PERSU, Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos, a HP, EM terá que aumentar em pelo menos uma unidade móvel, para o transporte do lixo até lá o que aumenta os gastos com a recolha.

Para tudo é necessário um planeamento cuidado e objectivo e para a questão da higiene pública, não é diferente. Mas ainda assim, há quem insista em fazer qualquer coisa, em vez de fazer uma coisa bem e o resultado final jamais poderá ser positivo.

Ainda ninguém propôs um sistema de recolha, com vantagens monetárias para os consumidores, residentes em Sintra, em que a reciclagem do lixo por especialidades, feita em casa, com equipamento próprio distribuído pela Câmara Municipal, em que, as famílias, fariam entregas nos serviços municipais, traria dupla vantagem, quer para o município, quer para a população: diminuía a despesa com transporte de recolha e aumentaria os benefícios à população, através do rendimento concedido às Famílias, em géneros ou em capital, traduzindo-se numa protecção ambiental local e no aumento da eficiência e reutilização de matérias-primas.


Por outro lado, a recolha de resíduos, realizada por viaturas movidas a combustível, provoca maior poluição! Este problema podia e devia ser minimizado através da susbtituição da frota ou adaptação dos motores a ar comprimido ou hidrogénio, tornando-se não-poluentes!


Para os partidos do costume é muito mais fácil deixar os problemas continuarem, porque não têm interesse genuíno e capacidade para os resolverem. É-lhes suficiente no períodos das eleições, fazerem promessas ou simplesmente aparecerem em caravanas, que mesmo sendo enganadas, as pessoas vão aplaudindo e votando de forma inútil. Basta ver quem ganhou as passadas eleições: mais do mesmo! Ou melhor, os mesmos de sempre: PS / PSD…

No que diz respeito à Suma, Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA é uma empresa privada com fins lucrativos, pertencente ao grupo português Mota-Engil, com ligações ao PS e o grupo espanhol, Urbaser, que por sua vez é contratada pela HP, EM para fazer a recolha e higiene pública na zona do Cacém, que a empresa municipal não tem capacidade para o fazer e que devia ser função própria da Administração Pública da Câmara. 

Muita gente admira-se e fica escandalizada pelo compadrio; corrupção e ineficácia da administração pública que existe na actualidade…não sei porquê, porque quando podem mudar para melhor, escolhem manter!
  
A falta de Educação Cívica e os biscates de alguns, fazem que entulhos e lixo de todos os tipos, continuem a ser espalhado por Sintra a fora, onde não existe uma vigilância e repressão adequada por parte da autoridade, seja ela a GNR; a PSP; a Polícia Municipal ou um Corpo da Guarda Ambiental em Sintra, que impedisse esta vergonha: 

 
É da maior importância, que a Câmara Municipal estabeleça um protocolo de cooperação entre agentes económicos da construção civil; obras públicas e subempreiteiros, com a criação de Ecocentros especializados e divididos por secções, para a recolha e despejo de entulhos e afins.

Por outro lado, a cedência gratuita de contentores municipais, a residências particulares em obras e a aplicação em simultâneo de pesadas multas, a quem não os utilizasse, colocaria um final à proliferação de lixo em Sintra.

Em relação aos dejectos dos animais domésticos, nomeadamente cães; o sistema de distribuição de sacos torna-se caro e ineficaz. A Junta de Rio de Mouro, teve a feliz ideia de criar pequenos sanitários caninos em que os animais são atraídos por um produto, ao local que os leva a fazer as necessidades lá.  


O resultado mostra uma redução importante na diminuição de dejectos caninos nas ruas, mas que não teve continuidade! É claro! Para quê? O que interessa não é o bem-estar dos animais e da população, mas sim o interesse em proveito próprio e o laxismo criminoso nas questões de interesse público.

Se a população aqui em Sintra, tiver a inteligência de votar pela mudança real em nome de um futuro saudável, para todos. Saberá que é nos Nacionalistas que deve apostar. Sem lixeiras a céu aberto e contra a proliferação da miséria que nos querem impor.


 O desenvolvimento, tanto pode ser benéfico, como prejudicial. Cabe-nos estudar e fazer a opção correcta.

 

  
Viva Sintra! Terra Portuguesa!