sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Coveiros em Belas praticam tiro ao alvo sobre falecidos à sua guarda!


Quatro coveiros do cemitério de Belas, Sintra, são suspeitos de praticarem tiro ao alvo com ossadas de cadáveres, num caso que foi denunciado à PSP pela Junta de Freguesia de Belas, revelou hoje o presidente.

O autarca, Guilherme Dias, denunciou a situação à polícia em Janeiro e afirmou à agência Lusa que os quatro homens praticavam os alegados crimes de profanação de cadáver num período em que o cemitério se encontrava aberto ao público, ao início da tarde.

«Os quatro coveiros andavam com uma pressão de ar a dar tiros aos ossos. Três ou quatro caveiras da vala comum estavam cheias de chumbos e já foram recolhidas pela polícia», disse. O autarca adiantou que actualmente apenas um dos funcionários continua a trabalhar no cemitério. Dois apresentaram a demissão e outro trabalha para a junta, mas foi colocado no serviço de jardinagem.


Guilherme Dias lamenta a situação, adiantando ser impossível apurar a identidade das ossadas, uma vez que se encontravam já nas valas comuns. Fonte policial disse à agência Lusa que a PSP já identificou os suspeitos e recolheu material de prova como as ossadas e as armas envolvidas.

«Os coveiros estariam a utilizar ossadas e a vandalizá-las. Estavam a ser utilizadas para fazer tiro ao alvo com armas de ar comprimido», referiu. A denúncia do presidente da junta deu origem a um processo que corre no Tribunal de Sintra, avançou a fonte policial.

Fonte: Agência Lusa/jornal Sol.


Viva Sintra! Terra Portuguesa Profanada!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Tapada das Mercês. Uma localidade cada vez mais muçulmana e africana e menos portuguesa!


A passada sexta-feira foi um “dia histórico” para a Associação Comunidade Islâmica da Tapada das Mercês; Algueirão e Mem-Martins (ACITMM), para os seus dirigentes e associados, bem como todas as pessoas daquela freguesia (vincadamente multiétnica) que, professando ou não o credo religioso ensinado pelo Alcorão, beneficiam das acções de cariz solidário, educativo e cultural, promovidas por aquele grupo de cidadãos.

O lançamento da 1.ª pedra do Centro Comunitário e Mesquita significa “um sonho”que começa a ganhar forma: o de juntar os seis espaços arrendados onde a associação desenvolve as suas actividades (banco alimentar, ensino de informática, inglês, português, apoio escolar, jurídico…) e religiosas num só local que seja digno e nos ofereça melhores condições.


O acto simbólico juntou no terreno cedido pelo município (perto da repartição de Finanças da Tapada) embaixadores e representantes de numerosos países muçulmanos, mas igualmente de nações de governo secular. Assim, numa espécie de reflexo da mensagem de paz e tolerância que a melhor interpretação do Alcorão permite extrair, ali estiveram, lado a lado, responsáveis diplomáticos de países de costumes tão díspares e, nalguns casos, até conflituosos entre si como a Arábia Saudita, o Irão, os Estados Unidos, Turquia, Guiné-Conacri… Todos serão agora chamados a contribuir para apróxima fase do projecto da ACITMM, que consiste em juntar três milhões de euros, custo estimado para a obra em questão, a qual contempla, além da mesquita, diversas salas para acolher os serviços prestados à comunidade, desde crianças, jovens, adultos e idosos.

“Será para todos, mas servirá mais as crianças”, referiu ao JR Mamadou Bah, vice-presidente daquela associação, muito elogiado por vários responsáveis de instituições presentes por haver sido“a energia e o motor” deste projecto. “Contamos com a ajuda de todos estes parceiros”, salientou o dirigente, enaltecendo o papel já desempenhado pela edilidade sintrense: “Deu-nos o fundamental, que era um terreno”.

Uma cedência“profundamente merecida”, como salientou na ocasião o vice-presidente da Câmara, Marco Almeida, na intervenção que realizou por delegação do responsável máximo do executivo, igualmente presente.“Queria lembrar que a Comunidade Islâmica da Tapada desde cedo se substituiu às fragilidades que tínhamos nas respostas sociais. Não é apenas um espaço de fé, mas também de resposta social e cultural para as famílias e principalmente para os mais novos, não olhando a quem acolhe, mas sim às necessidades que têm…”, enquadrou este responsável.

Lembrando as origens ligadas à imigração da Tapada das Mercês e a multiculturalidade do próprio concelho, Marco Almeida sustentou que “não há espaço para olharmos a diferença com um sentimento de preocupação ou de angústia; bem pelo contrário: a sociedade sintrense vive da diferença e das respostas que vamos encontrando nas diferentes associações”.


Fé na diversidade que permitiu juntar o padre João Brás, da Paróquia local, e representantes de várias comunidades islâmicas nacionais. Ou, ainda, o comendador Nazim Ahmad, representante em Portugal da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (Centro Ismaelita), que reiterou a disposição daquela instituição emcontinuar o seu apoio na Tapada das Mercês, que tem tido por base o Programa K’Cidade.“A Fundação apostou nesta comunidade que é tão humilde e trabalhadora… Quero que saibam que vão continuar a ter todo o nosso apoio para este sonho ser realidade”, assegurou. Palavras que aumentaramo sentimento de gratidão dos responsáveis da ACITMM.“Para a Fundação Aga Khan não temos palavras suficientes para agradecer”,dissera já Mamady Sissé, presidente da associação, na abertura da cerimónia, fazendo um agradecimento também à Câmara de Sintra e antecipando que o futuro equipamento “vai marcar a História como exemplo do acolhimento de outras culturas”.

O presidente da Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, Manuel do Cabo, enfatizou o facto de a cedência do terreno à ACITMM ter sido aprovada por unanimidade. Um momento de“alegria para todos e histórico, também, para Sintra por ser esta a primeira mesquita a construir no concelho”, salientou.  

Por seu turno, Alexandra Santos, responsável pelo K’Cidade na Tapada, programa que ajudou a estruturar a ACITMM e de quem tem sido parceiro em quase todas as suas acções desde o seu início, há cerca de quatro anos, frisou ao JR a importância do futuro equipamento.“Penso que vai ser determinante porque a Tapada, apesar de nos últimos anos ter tido já um investimento significativo, sobretudo de mobilização de recursos humanos, ainda tem poucas infra-estruturas face aos desafios que temos pela frente”.

Escrito por: Jorge A. Ferreira / Jornal da Região - Sintra.


 Viva Sintra! Terra Portuguesa?

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Agregação de freguesias em Sintra? Primeiro foi decido ser favorável, agora são contra...

A Câmara de Sintra aprovou esta quarta-feira uma proposta (anexa) que considera que o município “não deve, não pode” emitir a pronúncia prevista na lei da reforma administrativa, sem antes esclarecer algumas “dúvidas e dificuldades”. No documento aprovado por maioria na reunião de câmara, Fernando Seara justifica que “a especificidade demográfica e territorial do município e da maior parte das freguesias não permite a emissão de pronúncia sem colocar em causa os objectivos inerentes à própria reorganização territorial”.
 
Seara aponta o caso da freguesia de Algueirão-Mem Martins, com 66250 habitantes, “uma densidade populacional já excede os parâmetros previstos na lei, o mesmo podendo vir a suceder com outras freguesias que venham a ser criadas por agregação”. “Sem esclarecer qual a solução técnica a conferir a Algueirão-Mem Martins, que já ultrapassa em mais de 15 mil o número máximo de habitantes recomendado”, a emissão de pronúncia é um “exercício tecnicamente impossível e não sério, com evidentes consequências no domínio do respeito pelo princípio da proporcionalidade decorrente do próprio princípio da igualdade, constitucionalmente assegurados”. 

 
O autarca alerta ainda que a reorganização administrativa “não poderá veicular a criação de novas freguesias cuja dimensão populacional acarrete, na prática, a sua ingovernabilidade ou, no mínimo, o desvirtuamento dos pressupostos que estão na sua génese: as relações de vizinhança e de proximidade”. Em causa estão freguesias que, a serem agregadas, também poderão vir a ultrapassar o limite dos 50 mil habitantes considerado admissível ou recomendável pela Lei 22/2012.

No entanto, Fernando Seara esclarece que “tal conclusão está longe de significar uma qualquer posição de descomprometimento ou sequer de não pronúncia”. Nesse sentido, o presidente da Câmara propõe à Assembleia Municipal (que reúne hoje) que solicite à Unidade Técnica da Assembleia da República que esclareça qual a metodologia a adoptar para resolver estas “questões técnicas”. A autarquia pede igualmente um parecer sobre a eventual suspensão do prazo para a pronúncia do município. 

Fonte: Luis Galrão / Tudo Sobre Sintra.

  
Viva Sintra! Terra Portuguesa!