sábado, 9 de abril de 2011

Agricultura multifamiliar: sustento e solução contra a crise actual.


Uma vez que a crise financeira actual, cria dificuldades de obtenção de crédito, necessário ao desenvolvimento das micro; pequenas e médias empresas, penalizando o sustento continuado das famílias residentes em Sintra, assim como no país em geral, torna-se urgente um conjunto de políticas que visem estabelecer um Caminho que propicie uma via diferente àquela que existe hoje em dia.

Como é sabido, o poder de compra dos salários tem tendência a diminuir, uma vez que a carestia de bens e serviços aumenta numa proporção que não é acompanhada pela evolução dos ordenados. Por outro lado, a morosidade e ineficácia da Justiça; a ausência necessária da reestruturação do Estado; a estagnação da economia nacional, etc. aliada ao empréstimo em vias de ser concedido a Portugal, através do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, FEEF, destinado fortalecer os sistemas financeiros dos Bancos dos países-membros da UEM, União Económica e Monetária, em que o Banco Central Europeu é a instituição-chave, assim como, a vinda oficial do FMI, Fundo Monetário Internacional do Banco Mundial, assegura sem margem para dúvidas, que os 10 anos seguintes, senão mais, dependendo das políticas do governo que estiver em funções, Portugal estará às ordens directas e controlo absoluto, das duas instituições acima mencionadas, obrigando-nos aos maiores sacrifícios, que não são partilhados por todos, segundo as suas possibilidades! Como se vê!
É exactamente por isso que tem o maior interesse, haver uma política oposta à do “governo” deficiente e menor, que o nosso país suporta, através das Autarquias Locais e neste caso, através da Câmara Municipal de Sintra.

Um dos caminhos possíveis, já com algum êxito em Cascais é o da criação de Hortas Comunitárias, como forma de auxílio na sustentabilidade das Famílias; coesão social e revitalização ambiental de espaços; áreas e baldios públicos, detidos pela Câmara, que estejam ao abandono ou que sejam mal utilizados, com despejo de entulhos e outro tipo de lixo.

Estas Hortas Comunitárias, são normalmente instaladas em bairros, portanto, próximas às residências dos seus produtores/consumidores. As pessoas têm a possibilidade de cultivar vários tipos de hortícolas que depois podem consumir, poupando parte do seu salário. Além disso, a montagem; preparação dos espaços e solos; ferramentas; cercas e água, são fornecidas pelo Município.


Trata-se de uma mais valia para as Famílias; para o Ambiente e para a Economia local.

Em Cascais, quase todos estes espaços têm próximo, uma zona de passeio ou de corrida e um parque infantil, para que toda a família possa utilizar aquele local. Todos os produtores agrícolas associados, têm de fazer uma formação em agricultura biológica, uma hora de teoria e três sessões aplicadas à terra, não sendo permitido o uso de fertilizantes.



Nesta formação fazem ainda o planeamento da horta, aprendem técnicas de fertilização do solo e formas de proteger as culturas das pragas. Esta formação é obrigatória para todos, como forma de rentabilizar o investimento público e proveito das pessoas envolvidas. Além desta, existem ainda formações em culinária e poda, ambas opcionais.


Para participar neste projecto todos têm de ser residentes no município de Cascais e inscrever-se no programa Agenda 21 de Cascais:

Mas nós aqui em Sintra, também podemos e devemos, desenvolver uma política nacionalista de desenvolvimento local e sustento complementar das famílias, com este exemplo, alargando-o às 20 freguesias do Município de Sintra.


Por outro lado, o conceito e técnica da produção hidropónica, trás vantagens acrescidas e é também uma opção bastante útil às Hortas Comunitárias. A hidroponia é a técnica de cultivar plantas sem solo, onde as raízes recebem uma solução nutritiva que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta. Na hidroponia as raízes podem estar suspensas e envolvidas em líquido ou apoiadas em solo adaptado, como areia lavada por exemplo.

Exemplo de Rio Grande no Brasil:



Para grandes males, há sempre, grandes remédios. Mas o “remédio”, não é agradável a alguns, comprometidos com interesses ou com preconceitos ideológicos, que não visam o objectivo fundamental: tornar possível às populações uma vida com condições no mínimo, dignas e justas, como parte integrante da Natureza e não em oposição constante a ela, utilizando uma filosofia inspirada no Nacionalismo, como uma Terceira Via Alternativa à esquerda socialista e à direita liberal.

É de facto possível uma outra Sintra, assim saibamos escolher de forma inteligente e responsável na altura própria…

Viva Sintra! Município de Portugal!