sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Torre monstruosa em construção no Cabo da Roca, será um atentado ambiental.


A torre de radar com 45 metros que o Ministério da Administração Interna (MAI) quer instalar no Cabo da Roca, Sintra, terá mais do dobro da altura do farol mais ocidental do continente europeu, que tem apenas 22 metros. O posto de observação costeira deverá ser instalado a apenas 70 metros do miradouro e a 190 metros do farol do Cabo da Roca, num local onde actualmente existe uma pequena construção devoluta.

A infra-estrutura destina-se a albergar um dos 20 radares do Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo da Costa Portuguesa (SIVICC), a cargo da Unidade de Controlo Costeiro da GNR. O posto será equipado com um radar e com câmaras de vigilância que “permitem a detecção e identificação de ameaças marítimas, nomeadamente de embarcações de reduzida dimensão, deslocando-se a alta velocidade e tipicamente não cooperantes”.

Num ofício da Direcção-Geral de Infra-estruturas e Equipamentos do MAI, datado de Março de 2012, é referida a identificação de dois locais e de duas hipóteses de instalação: contentorizada ou fixa. No entanto, numa resposta posterior da mesma entidade ao Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB, actualmente ICNF) é anexado um projecto da GNR que refere apenas uma localização.

O documento da Divisão de Infra-estruturas e Comunicações da GNR explica o enquadramento e as características técnicas do posto de observação, que “nesta fase” será instalado num contentor de 6 por 2,4 metros, acompanhado por uma torre de aço de 45 metros. No total, será ocupada uma área de 225 metros quadrados a cerca de 70 metros do parque de estacionamento mais próximo do miradouro, mas a GNR garante que “a solução adoptada irá minimizar o impacto visual sobre o ambiente assim como qualquer efeito prejudicial sobre as pessoas”.


 (...) O presidente da câmara, Fernando Seara, afirmou desconhecer este assunto, Pedro Ventura disse à agência Lusa que "é estranho que se decida a implantação de um equipamento desta dimensão sem que seja dado conhecimento à câmara", podendo tratar-se de "um crime ambiental" dada a sensibilidade da zona.

O “projecto devia ser alvo de um estudo de impacte ambiental dada a grande sensibilidade da zona, que é parque natural, que tem o Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Lisboa e Vale do Tejo. Há vários planos ali que consideram restrições e esses planos não podem ser ignorados e daí a Câmara ter que se pronunciar", disse.

Em Agosto, o ministro da Administração Interna reconheceu estar preocupado com o desvio do tráfico de droga para a costa portuguesa, menos vigiada que a espanhola, e garantiu que decorrem trabalhos para concluir a rede de postos de vigilância.

Miguel Macedo disse que "já está em procedimento um conjunto de situações [visando] a ligação entre todos os postos e concluir os que falta". O governante recordou que, na última Cimeira Luso-Espanhola, Portugal comprometeu-se a completar a rede de postos de vigilância da costa nacional até Abril do próximo ano.

Fonte: Jornal da Região - Sintra. 


 Somos contra a droga, mas não admitimos esta torre no Cabo da Roca!


Viva Sintra! Alerta!

sábado, 22 de setembro de 2012

Operação policial, apreende droga a estrangeiro ilegal e reicindente em Sintra!

 
A PSP apreendeu droga avaliada em três mil euros e a detenção em Lisboa e Sintra de quatro homens, com antecedentes criminais, por suspeitas de tráfico de estupefacientes.
 
De acordo com o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, a primeira detenção ocorreu na segunda-feira, na freguesia do Lumiar, em Lisboa, quando uma equipa de policiamento detectou um jovem de 17 anos com comportamento suspeito a abandonar uma viatura e a apanhar um táxi.

A equipa da PSP fiscalizou o táxi e apreendeu 66 embalagens (21 gramas) de heroína, 63 de cocaína (11 gramas) e 900 euros na posse do suspeito. Foi ainda apreendida a viatura.

Às 09:15, uma equipa de investigação criminal detectou dois homens, de 22 e 29 anos, alegadamente a vendar droga na rua José Inácio de Andrade, em Lisboa.

A PSP deteve os dois suspeitos alegadamente na posse de 27 embalagens de heroína, 21 de cocaína e 128 euros. 


Às 23:15, na Avenida dos Bons Amigos, em Agualva-Cacém, Sintra, a polícia deteve um homem na posse de 21 gramas de heroína.

Este suspeito, de 31 anos, já cumpriu pena de quatro anos de prisão efectiva por tráfico de droga, encontra-se em situação ilegal em Portugal e terá que abandonar o território nacional até ao dia 20.

Os restantes detidos estão igualmente referenciados por este tipo de crime, excepto o mais novo, que não possui antecedentes criminais. Vão hoje ser presentes a tribunal para primeiro interrogatório judicial, notícia a Lusa.

Fonte: TVI24. 

Viva Sintra! Terra Portuguesa!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O projecto cívico de um cidadão preocupado com: "Sintra Em Ruínas"


 Mensagem para os Sintrenses (Projecto Cívico Sintra Em Ruínas)

Amigos Sintrenses,

Dói imenso quando o nosso corpo está aberto em feridas e de dentro de nós jorra sangue vivo, dói demasiado, daquela dor que ultrapassa o inexprimivelmente humano, quando a habitação do nosso ser está minada com um mal encoberto que vai arruinando lentamente a vida. 

Assim acontece com a nossa querida Vila de Sintra e em geral com o concelho, totalmente corroída por edifícios e casas sozinhas, perdidas, abandonadas, mal tratadas, em ruínas. Por aqui e por ali estão e vão apodrecendo e levando ao mais triste e sorumbático cenário, ora esquecidas por proprietários em fim de vida ou sem vontade nem dinheiro para as recuperar, ora ignoradas pelos cidadãos que diariamente passam e pouco vão almejando mudar na sua ordinária paisagem, ora alheias ao poder local que na inércia dos seus esquemas de interlúdio e burocracias profissionais impossibilitam iniciativas importantes para o embelezamento do edificado sintrense.

Neste projecto cívico Sintra em Ruínas procurámos retratar um pouco da realidade diversa do problema da reabilitação do edificado urbano, histórico e rural evitando como muitos fazem falar ou escrever sem conhecer o terreno e a verdadeira realidade. Durante 7 meses, entre Janeiro e Julho de 2012, percorremos, fotografámos e publicámos as mais variadas casas e edifícios na Vila de Sintra e arredores.

Acreditamos que o trabalho realizado é o suficiente para reflectirmos sobre o tema partindo do conhecimento da realidade e podendo de forma mais lúcida propor à sociedade soluções para corrigir o problema, seja ao cidadão, ao proprietário ou ao poder local.

Sejamos melhores cidadãos, lutemos por aquilo que vale a pena, a Vila e o Concelho de Sintra merecem.



 Autor: Filipe de Fiúza, engenheiro civil e poeta sintrense.



Viva Sintra! Terra Portuguesa!

sábado, 8 de setembro de 2012

Obras fora de prazo na Estação de Agualva-Cacém, provocam despedimentos de dezenas!


Os comerciantes do largo da estação ferroviária de Agualva-Cacém exigem a conclusão das obras de remodelação da zona e queixam-se de quebras de facturação entre 60 a 80 por cento. A conclusão das obras estava prevista para Agosto de 2011, mas, em Setembro, a REFER (Rede Ferroviária Nacional) anunciou ter adiado o fim dos trabalhos para o primeiro trimestre de 2012.

Os comerciantes queixam-se que as obras, que tiveram início há dois anos e meio, já deveriam ter terminado, pondo fim aos estabelecimentos vazios e às quebras de facturação que, nalguns casos, atingiu os 80 por cento.

De acordo com Manuel Fonseca, funcionário de um café, os prejuízos provocados pelos “sucessivos atrasos das obras” são “avultados” e já levaram ao despedimento de dezenas de funcionários. “Há dois anos fazíamos cinco mil euros por dia e agora nem quinhentos fazemos. É uma diferença abissal. Éramos 50 empregados, hoje estamos reduzidos a meia dúzia e não há trabalho para todos”, lamentou.

Também a proprietária de uma farmácia lamenta os atrasos na conclusão das obras. Segundo Sofia Inácio, o facto de ainda não terem sido instalados postes de iluminação afasta as pessoas do local. “À noite é inseguro. Tenho medo de estar aqui até mais tarde. Agora é Verão e é noite mais tarde, mas no Inverno a noite chega mais cedo”, disse.


Comerciantes e Comissão de Utentes da Linha de Sintra lançaram uma recolha de assinaturas a exigir a conclusão dos trabalhos e a colocação de postes de iluminação e as árvores nos buracos abertos há algumas semanas. De acordo com o porta-voz da comissão, Rui Ramos, os sucessivos atrasos da obra têm tido reflexos "negativos na estrutura económica da freguesia", prejudicando utilizadores da linha ferroviária e comerciantes.

“Os comerciantes verificaram um decréscimo de facturação entre 60 e 80 por cento. Os utentes são prejudicados porque, apesar de a estação já ter sido aberta para o largo, ainda não há elevadores, nem escadas rolantes”, justificou.

Em Setembro do ano passado, a Comissão de Utentes da Linha de Sintra entregou uma petição com 1250 assinaturas no Ministério da Economia, a exigir a conclusão das obras da estação ferroviária de Agualva-Cacém.
 
Fonte: Jornal da Região - Sintra. 


Viva Sintra! Alerta! Alerta está!